Um estudo pioneiro da área de saúde apresentou resultados péssimos para os usuários de cigarros eletrônicos. A situação fica ainda pior para quem também utiliza os tradicionais. Na segunda-feira (16), uma equipe da Universidade da Califórnia, em São Francisco, publicou o resultado da primeira pesquisa a longo prazo, focado na relação entre cigarros eletrônicos e doenças respiratórias.
Foram analisados dados coletados como parte de um estudo, chamado Avaliação da População e Saúde, que acompanhou o uso de tabaco por mais de 32 mil adultos americanos entre 2013 e 2016. Foram observados os novos diagnósticos de doenças pulmonares que os indivíduos adquiriram durante o consumo.
A equipe da UC San Frascisco examinou pessoas que relataram não ter doença pulmonar no início do estudo e descobriu que o vaporizador, sozinho, aumentava a chance de desenvolver doença pulmonar crônica em cerca de um terço, durante os três anos.
“Concluímos que os cigarros eletrônicos são prejudiciais por si só”, disse o pesquisador Stanton Glatz. “Os efeitos são independentes do fumo do tabaco tradicional”, acrescentou. O uso de cigarros tradicionais torna uma pessoa 2,6 vezes mais propensa a desenvolver doenças pulmonares. Isso faz com que os vaporizadores realmente sejam mais seguros comparativamente, como afirmam alguns fabricantes.
O problema é que a maioria dos usuários de cigarro eletrônico não deixam de fumar por completo. O uso de ambas as formas de tabaco mais que triplica o risco de desenvolver uma doença. “Mudar de cigarros convencionais para eletrônicos exclusivamente pode reduzir o risco, mas poucas pessoas fazem”, disse Glantz. “Para a maioria dos fumantes, eles simplesmente adicionam os cigarros eletrônicos e se tornam usuários duplos, o que aumenta o risco”, concluiu.
Via: Futurism