Carro voador japonês faz demonstração de quatro minutos em teste com passageiro

Veículo conseguiu se manter dois metros acima do solo
Luiz Nogueira28/08/2020 14h09, atualizada em 28/08/2020 14h30

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Há alguns anos, filmes de ficção científica previram que os meios de transporte evoluiriam a ponto de termos carros voadores. Até o momento, isso não aconteceu, mas essa realidade pode estar prestes a mudar.

Isso porque a empresa japonesa SkyDrive fez um voo de teste bem-sucedido de uma espécie de carro voador. Com uma pessoa a bordo, o veículo se manteve no ar por cerca de quatro minutos em alturas que variaram entre um e dois metros.

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Veículo conseguiu se manter acima do solo por quatro minutos. Foto: SkyDrive / Cartivator

Segundo Tomohiro Fukuzawa, que lidera o esforço da SkyDrive para tornar o projeto realidade, a expectativa é que o carro voador possa ser transformado em um produto real até 2023. No entanto, ele reconhece que torná-lo um veículo seguro é a maior das preocupações.

“Dos mais de 100 projetos de carros voadores espalhados pelo mundo, apenas alguns tiveram sucesso com uma pessoa a bordo. Espero que muitas pessoas queiram pilotá-lo e se sintam seguras”, diz Fukuzawa.

Por enquanto, o projeto possui capacidade de voar por pouco tempo, entre cinco e dez minutos. No entanto, a expectativa da empresa é que, em breve, esse tempo chegue a 30 minutos, o que pode fornecer a possibilidade de pequenas viagens.

Ao contrário de aviões, helicópteros e veículos de decolagem e aterrissagem elétrica vertical (eVTOL), esse projeto pode oferecer a possibilidade de transporte rápido entre pontos específicos. Essa seria uma solução para o incômodo do congestionamento das cidades.

Projeto inicial

O projeto da SkyDrive surgiu originalmente como um protótipo chamado Cartivator em 2012. Na época, a ideia contava com financiamento de diversas companhias japonesas, como a montadora Toyota Motor, a empresa de eletrônicos Panasonic e a desenvolvedora de jogos Bandai Namco.

No entanto, um voo de demonstração feito há três anos correu mal, mas serviu para melhorar o projeto que, atualmente, conta com uma rodada de financiamento de 3,9 bilhões de ienes (R$ 202 milhões em conversão direta).

O governo japonês parece otimista com o projeto. No momento, como apontado por Fukuzawa, a expectativa é de que pequenos serviços sejam prestados com o equipamento até 2023 e que seu uso comercial seja expandido até 2030.

Via: TechXplore

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital