Caça norte-americano F-35 ganha novos armamentos

Upgrades de software e hardware irão dar às aeronaves novas possibilidades de ataque
Rafael Rigues29/11/2019 12h43

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As Forças Armadas dos EUA estão se preparando para integrar novos sistemas de armamentos ao seu caça multifunção, o F-35. A iniciativa é parte essencial da variante “Bloco 4” do F-35 Joint Strike Fighter, uma atualização de hardware e software, destinada a dar às aeronaves novas possibilidades de ataque, segundo oficiais.

O Bloco 4 torna possível o uso de armas adicionais como as bombas GBU-53 StromBreaker e a GBU-54 Laser Joint Direct Attack Munition (LJDAM, uma munição guiada a laser). Outro upgrade é o GAU-22/A, um canhão de 25 mm com 4 canos, projetado para cobrir um inimigo com tiros e destruir alvos rapidamente. A arma pode disparar 3,300 projéteis por minuto, de acordo com uma declaração da General Dynamics.

A GBU-53 StormBreaker é descrita como um elemento-chave do Bloco 4. Trata-se de uma nova arma lançada pelo ar, capaz de destruir alvos em movimento em todas as condições climáticas em distâncias superiores a 64 quilômetros, disseram oficiais da Força Aérea e da Raytheon, responsável pela sua produção.

Cada bomba tem um link de dados bidirecional, que permite alterar alvos ou se ajustar a diferentes locais de destino durante o vôo, segundo a Raytheon. Cada uma pesa apenas 94 quilos e oito delas cabem no compartimento interno de um F-35. Com isso a aeronave mantém suas propriedades furtivas, porque as formas ou contornos das armas não serão visíveis ao radar inimigo.

A iniciativa do Bloco 4 faz parte de uma trajetória de longo prazo planejada para o F-35 e descrita pelo Pentágono como C2D2 (Continuous Capacity Development and Delivery, Desenvolvimento e Entrega Contínua de Capacidades). Segundo autoridades, a ideia é posicionar o caça de forma que ele possa acomodar consistentemente novas armas, materiais furtivos, sensores e tecnologia de orientação assim que estiverem disponíveis.

A integração de armas é consistente com a atual estratégia da Força Aérea dos EUA para acelerar as atualizações de software para a aeronave, acompanhando o ritmo das mudanças tecnológicas atuais. Em vez de depender de upgrades pré-determinados a serem adicionados em pontos fixos no tempo, com intervalo de vários anos, os desenvolvedores do F-35 veem a necessidade de integração consistente a curto prazo das melhorias de software à medida que surgem.

Fonte: National Interest

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital