A United Airlines passará a informar aos seus passageiros quais voos serão realizados com o Boeing 737 MAX. Após dois acidentes com a aeronave, o CEO da United, Oscar Munoz, afirmou em entrevista que a companhia será totalmente transparente com seus clientes. “Quando eles reservarem um voo e for num MAX, eles irão saber”.
Munoz diz também que, caso haja uma mudança repentina de aeronave, ou o cliente não se sinta confortável para voar num 737 MAX, mesmo que seja no portão de embarque, a empresa irá remarcar o passageiro para o próximo voo “não-MAX” disponível, sem nenhuma cobrança adicional.
“Isto é importante para nós, não vamos assumir que todos irão voltar a voar logo no Boeing 737 MAX”, conclui Munoz. A United já possuía 14 modelos da aeronave quando sua frota mundial foi paralisada pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA), em 13 de março deste ano. Além destes, a Boeing já tem outros 14 jatos prontos para entrega para a companhia americana. Todos são da variante MAX 9, a segunda maior da família.
De acordo com o CEO da empresa, a United voltará a usar o modelo assim que a FAA permitir. “Nós vamos aguardar o processo regulatório normal para garantir que o avião é seguro para voar. Vamos acatar a decisão e não estamos correndo para forçar a FAA a fazer algo diferente. No final das contas o conceito é bem simples: tem que ser seguro”, afirmou ele.
A Boeing espera recertificar o MAX junto à FAA ainda neste ano, mas diversas empresas estimam que o jato só volte a circular a partir do segundo trimestre de 2020.
Os dois acidentes envolvendo a aeronave aconteceram na Indonésia e na Etiópia. O primeiro foi em 29 de outubro de 2018, quando o voo 610 da companhia aérea de baixo custo Lion Air desapareceu dos radares 13 minutos após decolar de Jacarta, capital da Indonésia. O avião caiu no mar da costa norte da ilha de Java, causando a morte de todas as 189 pessoas a bordo.
O segundo caso foi no dia 10 de março deste ano. Um jato 737 MAX com 157 pessoas caiu seis minutos após a decolagem, na cidade de Adis Abeba, capital da Etiópia. O voo da Ethiopian Airlines tinha como destino Nairóbi, capital do Quênia, mas se acidentou a cerca de 50 quilômetros de Adis Abeba. Todos os passageiros morreram.
Via: AEROIN