Brasil e EUA assinam acordo de US$ 1 bilhão para financiamento de infraestrutura

Valor será dividido entre diversas áreas; além do 5G, energia, logística, mineração e manufatura devem ser beneficiadas
Luiz Nogueira21/10/2020 19h38, atualizada em 21/10/2020 20h00

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Na segunda-feira (19), emissários dos Estados Unidos vieram ao Brasil para falar sobre uma possível proibição na utilização de equipamentos fabricados pela chinesa Huawei nas redes 5G do país. Em conversa com Ernesto Araújo, chanceler brasileiro, os enviados defenderam que há riscos de segurança que podem levar à espionagem caso as peças sejam usadas.

No dia seguinte (20), Robert O’Brien, conselheiro de segurança que estava entre os emissários, também conversou com o presidente Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, Ministro da Economia. Essa conversa resultou em um acordo para a liberação de US$ 1 bilhão para financiamento de negócios no Brasil.

O valor, que será liberado pelo Banco de Importação e Exportação dos EUA (Eximbank), será destinado para a compra de equipamentos de rede para implementação do 5G no país – com a condição de que a aquisição seja feita de empresas que não sejam chinesas. A confirmação do investimento foi celebrada com a assinatura de um acordo entre o banco e o Ministério da Economia brasileiro.

Vale dizer que o dinheiro não será usado exclusivamente para aquisição da infraestrutura para a rede de quinta geração, mas também para as áreas de energia, logística, mineração e manufatura. Para decidir o destino da quantia, o Ministério da Economia e o Eximbank se reunirão para analisas as possibilidades.

5G no Brasil

5G no Brasil só deve chegar de fato após o leilão. Foto: Fit Ztudio/ Shutterstock

Em 8 de outubro, Pietro Labriola, CEO da TIM, ironizou o lançamento das redes 5G DDS no Brasil ao afirmar que a tecnologia só existirá realmente com a disponibilização de mais espectros. Ou seja, segundo ele, o 5G só chegará, de fato, ao Brasil depois do leilão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que só deve acontecer em meados de 2021.

A fala de Labriola surgiu da resposta que o CEO deu quando foi questionado, em coletiva de imprensa, sobre as expectativas da TIM para o lançamento comercial do 5G. “Se falamos do 5G de verdade, só depois do leilão. Se falamos no 5G do marketing, muito cedo. Eu prefiro o 5G de verdade. Preferimos ser o mais assertivos possível, explicando as vantagens verdadeiras da oferta [para os clientes]”, disse Labriola.

Em julho, a TIM chegou a preparar o lançamento do 5G DDS nas cidades de Bento Gonçalves (RS), Itajubá (MG) e Três Lagoas (MS), mas o processo foi adiado e a última informação disponível dizia que a comercialização começaria em outubro. As redes ainda não foram lançadas, mas a TIM revelou que os testes com clientes começaram esta semana. Portanto, a comercialização deve acontecer em breve. Vale lembrar que Claro e Vivo já estrearam suas redes 5G DDS.

Via: Telessíntese

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital