Nesta terça-feira (13), a Apple atualizou a sua linha de celulares com quatro novos aparelhos: o iPhone 12 e suas variantes Mini, Pro e Pro Max. São os primeiros aparelhos da companhia a serem compatíveis com o 5G, mas a questão que sempre surge com os lançamentos dos aparelhos é se os modelos à venda nos EUA funcionarão com as redes móveis do Brasil. Felizmente, a resposta é sim.

Com os novos lançamentos, a Apple divulgou também algumas das informações técnicas sobre os aparelhos, incluindo a compatibilidade com redes. Na questão do 4G, a empresa menciona que os iPhones 12 são compatíveis com todas as bandas utilizadas para esse propósito no Brasil, incluindo a banda 1 (2.100 MHz), a 3 (1.800 MHz), a 7 (2.600 MHz) e, mais importante, a 28 (700 MHz).

A frequência de 700 MHz chama a atenção porque, no ano passado, o iPhone 11 vendido nos Estados Unidos não era compatível com a frequência que é justamente uma das mais importantes do 4G. Por ser a frequência mais baixa, é a que oferece maior alcance, o que faz dela crucial para regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos, e melhor penetração de sinal em ambientes fechados, melhorando a qualidade da conexão dentro de casas, escolas, escritórios, shoppings, entre outros.

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E o 5G?

É de se esperar que, por contar com um chip 5G, e suporte às frequências do 4G, os aparelhos também possam ser compatíveis com o 5G DSS que já está em fase de implementação em algumas cidades do Brasil. A tecnologia anunciada por empresas como Vivo e Claro permite alcançar velocidades do patamar da quinta geração sem precisar de novas frequências dedicadas, que só ficarão disponíveis após o leilão previsto para o ano que vem. O Galaxy Note 20 da Samsung, por exemplo, já é compatível com a tecnologia.

Por ser 5G, também é importante observar a compatibilidade do iPhone com as futuras redes brasileiras, para que o aparelho caríssimo não fique ultrapassado quando a tecnologia for implementada de fato. Usuários que comprarem um iPhone 12 nos EUA não ficarão desapontados quando o 5G chegar ao Brasil.

O site da Apple lista o suporte às frequências n78 (3.500 MHz) e n40 (2.300 MHz), que serão destinadas ao 5G quando houver o leilão da Anatel, o que significa que os aparelhos trazidos de fora devem ser compatíveis com as redes brasileiras assim que elas forem habilitadas.

O que não deve funcionar é o suporte às ondas milimétricas, ou mmWave. A tecnologia usa ondas de altíssima frequência (e baixo alcance) para oferecer o desempenho máximo do 5G. No entanto, os iPhones, mesmo comprados nos Estados Unidos, só devem ter suporte às redes do próprio país que façam uso da tecnologia. No resto do mundo, os aparelhos serão restritos às ondas sub-6, termo usado para definir frequências abaixo dos 6 GHz. Inclusive, o modelo que será vendido no Brasil é o europeu, que não tem suporte às mmWave.