Há cerca de 10 anos, um grupo de arqueólogos se surpreendeu ao encontrar um enterro subaquático da Idade da Pedra, datado de aproximadamente 8 mil anos atrás, na Suécia. No lugar, havia 12 crânios, mas apenas dois deles, de um adulto e de uma criança, possuíam as mandíbulas. Curiosamente, muitos maxilares estavam no enterro, mas pertenciam a animais, como ursos, javalis, veados e alces.
Apesar de ainda não entender o porquê os indivíduos foram enterrados dessa forma, agora os arqueólogos sabem como pode ter sido o rosto de uma das pessoas que estavam lá. O artista forense Oscar Nilsson recriou o busto de um dos crânios encontrados na Suécia e as imagens foram divulgadas, assim como os passos seguidos.
Primeiro passo foi criar uma mandíbula. Foto: Oscar Nilsson
Após ter acesso a uma réplica do crânio, Nilsson usou um tomógrafo para ter uma imagem 3D virtual. Depois disso, o artista imprimiu uma réplica plástica e, com base nas medições do crânio, criou uma mandíbula.
Utilizando métodos forenses, o próximo passo foi recriar os músculos e outras características faciais do homem. Uma análise prévia de DNA revelou que o dono do crânio possuía cabelos castanhos escuros e olhos azuis
Músculos e características, como olho azul, foram inseridos. Foto: Oscar Nilsson
Como o homem possuía um ferimento de 2,5 cm no topo da cabeça, Nilsson decidiu adicionar uma cicatriz no local e um corte de cabelo curto para que fosse possível vê-la. O artista ainda acrescentou seu “toque pessoal”, com uma pintura corporal a giz branco, inspirado nos indígenas atuais, roupas feitas com pele de javali, por conta das mandíbulas do animal encontradas no enterro, além de uma barba comprida e uma trança no cabelo.
Resultado final da criação do artista forense. Foto: Oscar Nilsson
Que tal o trabalho do artista forense?
Via: Live Science