Ao contrário do Facebook, Snapchat vai verificar propagandas políticas

Rede social parece ter encontrado um caminho para lidar com anúncios políticos; as eleições presidenciais dos EUA acontecem ano que vem e mobilizam posicionamento das redes sociais
Equipe de Criação Olhar Digital19/11/2019 14h50

20191017050223
Publieditorial

Com pouco mais de um ano para as eleições presidenciais dos EUA, alguns gigantes das mídias sociais estão atualizando suas políticas em torno da disseminação de informações falsas e publicidade política. Enquanto Facebook e Twitter se encontram em lados opostos no debate sobre estes anúncios, o Snapchat encontrou um “caminho no meio” na discussão, permitindo propagandas políticas apenas após serem verificadas.

O anúncio foi feito pelo CEO da plataforma, Evan Spiegel. “Submetemos toda a publicidade à revisão, incluindo a propaganda política”, afirmou à CNBC na segunda-feira (18). “Acho que o que tentamos fazer é criar um local para anúncios políticos em nossa plataforma, especialmente porque alcançamos tantos jovens e eleitores pela primeira vez, que queremos que eles possam se envolver com a conversa política; mas não queremos permitir que desinformação apareça nesses anúncios”, completou.

No mês passado, o Facebook enfrentou críticas por permitir, nos novos termos de uso, mentiras nas propagandas políticas veiculadas na plataforma. Como resposta, 250 funcionários escreveram uma carta aberta à Zuckerberg, pedindo para o dono da rede social repensar as políticas adotadas. Enquanto isso, o Twitter foi para o total oposto e baniu qualquer anúncio de cunho partidário incluindo figuras políticas, partidos, candidatos e funcionários do governo. O Google ainda não se posicionou sobre o assunto.

Vale lembrar que nos últimos anos, várias eleições ao redor do mundo foram manipuladas e influenciadas pela desinformação propagada nas redes sociais de forma tendenciosa. No Brasil, o resultado das eleições presidenciais de 2018 tiveram influência de disparos de mensagens falsas em massa pelo WhatsApp. Ao todo, 400 mil contas foram banidas do aplicativo entre 15 de agosto e 28 de outubro, período eleitoral no Brasil.

Via: The Next Web