Zuckeberg diz que não cabe à sua empresa definir regras sobre propagandas políticas

O CEO do Facebook também comentou sobre o tiroteio nas Mesquitas da Nova Zelândia
Equipe de Criação Olhar Digital04/04/2019 19h51

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Durante o programa matinal Good Morning, America, Mark Zuckeberg deu sua opinião sobre como lidar com discurso e propagandas políticas em redes sociais. De acordo com o CEO do Facebook, esse trabalho deveria ficar nas mãos do governo e não de empresas privadas.

“Acho que estabelecer as regras em torno da propaganda política não é tarefa de uma empresa”, disse ele em um segmento que foi ao ar quinta-feira (04/4). “Houve muitas regras no passado. É apenas neste ponto que elas não estão atualizadas para as ameaças modernas que enfrentamos. Precisamos de novas regras.”

Ele ainda disse que não está claro se a sua rede social deveria obrigatoriamente tomar decisões fundamentais sobre o que se classifica como discurso político e como deve ser regulamentado.  “Uma das coisas que não está claro é, na verdade, qual é a definição de um anúncio político?”, perguntou o CEO.

O assunto tem estado muito na cabeça do dono do Facebook aparentemente. Apenas no final de semana passado, Zuckeberg publicou no The Washington Post um pedido por um papel mais ativo do governo no estabelecimento de padrões a seguir quando se trata de conteúdo político, legitimos ou mal-intencionados.

Alguns lesgisladores, como o senador Mark Warner, um democrata da Virgínia, concordam com o CEO. Para eles, o Facebook deve ser regulamentado por normas, principalmente por causa do seu tamanho, abrigando, atualmente, mais de 2 bilhões de usuários.

De acordo com Mark, as normas concentram-se em um cadidato específico e na eleição. Entretanto, não conseguiam abranger o que a Rússia fez durante as eleições americanas, por exemplo. “O que nós os vimos fazendo foi falar sobre questões políticas divisivas. O objetivo … era apenas irritar as pessoas e ser divisivo”.

A discussão no programa chegou até mesmo a abordar os tiroteios em mesquitas na Nova Zelândia. Ao que Zuckeberg diz não acreditar que a solução seja cancelar o serviço de streaming de sua platafroma. “Uma das coisas que isso sinalizou para mim foi até que ponto as más pessoas vão tentar contornar nossos sistemas”, concluiu Zuckeberg.

Via: Cnet