Nesta sexta-feira (6), o WhatsApp começa a operar seu serviço de pagamentos na Índia. A implementação ocorre pouco depois da empresa receber autorização do principal processador de pagamentos do país para operar.
Antes da aprovação, o WhatsApp, que tem o país como seu maior mercado, testou sua solução de pagamentos por dois anos com pessoas selecionadas. O único empecilho enfrentado pela empresa era a falta de liberação dos órgãos regulatórios.
Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, gravou um vídeo para falar sobre a chegada do serviço à Índia. “Payments está disponível agora em dez versões do WhatsApp em dez idiomas regionais indianos”, disse o empresário. Para implementar a iniciativa, a empresa fechou parceria com cinco bancos indianos.
Watch | Mark Zuckerberg says, “Now you can send money to your friends and family through #WhatsApp as easily as sending a message.”
Read here: https://t.co/Q9AQFbw3Lt pic.twitter.com/OcrNXQmGaw
— The Indian Express (@IndianExpress) November 6, 2020
Segundo o National Payments Corporation of India (NPCI), órgão responsável pela regulamentação de novos meios de pagamento, mesmo com o lançamento do serviço, sua utilização será limitada a 20 milhões de usuários. Pelo menos inicialmente.
Situação do Brasil
Por aqui, o serviço ainda está em fase de regulamentação. Poucos dias após ser anunciado, o sistema sofreu uma suspensão por parte do Banco Central para evitar que apresentasse “risco ao normal funcionamento das transações” financeiras.
Agora, a empresa aguarda que todas as análises de risco sejam concluídas e o serviço seja liberado. De acordo com a Cielo, uma das principais envolvidas no sistema de pagamentos do WhatsApp, há estimativa de que a solução seja disponibilizada em novembro deste ano.
Como funciona o sistema?
WhatsApp Pay permite enviar e receber dinheiro de pessoas por meio do mensageiro. Foto: WhatsApp/Divulgação
Basicamente, o WhatsApp Pay permite enviar e receber dinheiro de pessoas por meio do mensageiro.
Para garantir a segurança das transações e evitar fraudes, antes de cada transferência será necessário informar um código PIN de seis dígitos, previamente cadastrado ou a biometria do celular – funciona como outras transações financeiras feitas pelo celular.
No caso de transferência entre pessoas físicas, não haverá o pagamento de qualquer taxa pela transação – no entanto, só será possível utilizar cartões de débito. Além disso, usuários possuem um limite de envio de R$ 1 mil por transação e recebimento de até 20 pagamentos por dia no limite de R$ 5 mil por mês.
Já para as empresas, é possível utilizar cartões de crédito e débito. Porém, o estabelecimento deverá pagar uma taxa por cada uma das transações. Todos os pagamentos serão processados pela Cielo.
Por conta dos parceiros iniciais, os usuários poderão utilizar apenas cartões de crédito e débito emitidos pelo Banco do Brasil, Nubank e Sicredi. No entanto, a empresa informa que vai facilitar a entrada de novos parceiros no futuro.
Via: Reuters