Nesta quarta-feira (16) a Uber e a Lyft se recusaram a comparecer em uma audiência na Câmara dos Deputados dos EUA, de acordo com o Washington Post. As empresas de aplicativos de caronas foram convocadas para responder a uma série de questões relacionadas ao setor do transporte privado, sobretudo, a respeito de práticas trabalhistas e segurança.

O inquérito veio do Comitê de Transportes e Infraestrutura da Casa e a convocação foi feita pelo chefe do painel, Peter DeFazio, que solicitou a presença dos executivos das empresas nas investigações. Vale lembrar que neste momento, parlamentares estão preparando uma legislação que impactará o setor e ambas as companhias estão direcionando os congressistas para suas associações.

No entanto, nenhuma delas compareceu à audiência. Ao longo da semana, a Uber confirmou que recebeu a convocatória do chefe do painel, mas a Lyft não respondeu a um pedido de comentário.

DeFazio criticou a Uber e a Lyft em várias frentes, desde emissões e congestionamentos urbanos, até em relação à forma com a qual as companhias lidam com seus relatórios de motoristas perigosos e o número de agressões sexuais que foram denunciadas na plataforma. O chefe do painel ainda deu um ultimato caso elas queiram garantir sua sobrevivência a longo prazo e, um dia, realizar parcerias futuras usando fundos federias. “Elas terão que consertar seus atos”, disse.

Em resposta ao Washington Post, a Lyft afirmou que se envolveu com quase todos os 56 escritórios membros do subcomitê antes da audiência, comentando que as discussões foram produtivas. “Em comunidades ao redor do país, a Lyft providencia oportunidades econômicas para seus motoristas e um sistema de transporte acessível e confiável para os passageiros”, disse o porta-voz da companhia, Campbell Matthews. A empresa ainda comentou que leva o trabalho extremamente a sério e que segurança é fundamental para a companhia.

 

Via: The Washington Post e Reuters