Twitter segue Facebook e bane postagens que neguem o Holocausto

Rede social proíbe a 'glorificação de eventos violentos', bem como celebrar homicídios e tiroteios em massa, ataques realizados por organizações terroristas ou grupos extremistas violentos
Equipe de Criação Olhar Digital15/10/2020 14h41

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O Twitter vai seguir os passos do Facebook e remover postagens que contestem ou diminuam o Holocausto, conforme contou uma porta-voz da empresa à Bloomberg. A medida não é fruto de novas políticas da plataforma, e reafirma regras já existentes.

“Condenamos veementemente o antissemitismo, e a conduta odiosa não tem lugar em nosso serviço”, disse uma representante da rede social. “Também temos uma política robusta sobre ‘glorificação da violência’ em vigor e agimos contra qualquer conteúdo que glorifique ou elogie atos históricos de violência e genocídio, incluindo o Holocausto”.

Políticas contra a glorificação da violência

De acordo com as regras publicadas na Central de Ajuda do Twitter, os usuários da plataforma não podem “glorificar, comemorar, elogiar ou tolerar crimes e eventos violentos em que pessoas foram vítimas por pertencerem a um grupo protegido”. Isso inclui a tentativa de extermínio dos judeus e o genocídio de Ruanda, por exemplo.

Também é proibido celebrar homicídios e tiroteios em massa, assim como ataques realizados por organizações terroristas ou grupos extremistas violentos.

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Twitter não tolera postagens que celebrem eventos históricos de genocídio, como o Holocausto. Imagem: Worawee Meepian/ Shutterstock

“Fico feliz que isso tenha acontecido” e “queria que mais pessoas fizessem isso” são exemplos de tuítes que seriam removidos, ilustra a plataforma, afirmando que esse tipo de mensagem poderia “inspirar outras pessoas a imitar tais atos e causar perigo no mundo real”.

Facebook anunciou medidas semelhantes

Na segunda-feira (12), o Facebook atualizou seus termos de uso e passou a banir postagens negacionistas sobre o nazismo. Segundo Monica Bickert, vice-presidente de prática de conteúdo da rede social, a mudança foi anunciada devido ao crescimento de publicações antissemitas na plataforma.

Como justificativa, a empresa mencionou dados de um estudo recente mostrando que quase um quarto dos adultos de 18 a 39 anos nos Estados Unidos pensam que o Holocausto é um mito ou que os registros históricos sobre o evento são exagerados.

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Facebook passou a banir postagens negando o Holocausto esta semana. Imagem: RoSonic/Shutterstock

A medida reverte uma afirmação feita por Mark Zuckerberg em 2018. À época, o fundador e CEO do Facebook disse que não poderia remover as postagens com conteúdo antissemita porque elas “poderiam não ter a intenção de ofender”.

O Holocausto foi um sistema de extermínio étnico que assassinou mais de seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Desde 2007, negá-lo é crime passível de punição em todos os estados-membros da União Europeia. No Brasil, a apologia ao nazismo prevê reclusão de um a três anos e multa.

Via: Bloomberg