A partir de agora, pais de adolescentes que usam o TikTok podem limitar o que os filhos veem enquanto estão usando o aplicativo. Isso porque a plataforma implementou uma série de recursos que incluem a capacidade de bloquear termos de pesquisa, usuários e hashtags, bem como controlar quem pode comentar nos vídeos publicados.

Talvez a funcionalidade mais importante esteja ligada à descoberta de conteúdo. Os responsáveis podem limitar os vídeos vistos, restringindo o acesso às produções feitas por amigos dos usuários. Com isso, os jovens não verão criações de usuários desconhecidos. 

Esses recursos juntam-se a alguns outros que já estavam disponíveis desde o começo do ano. Lançado sob o nome ‘Family Pairing’, o pacote de funcionalidades já permitia que os pais pudessem vincular a conta dos filhos às suas, implementar limitações de tempo para utilização e desabilitar a caixa de mensagens diretas.

Parte dessas mudanças foi resultado de uma multa de US$ 5,7 milhões aplicada à plataforma em 2019. Na época, a rede social de vídeos curtos foi acusada de violar a regra de proteção à privacidade online infantil ao coletar dados e a localização de menores de 13 anos.

Banimento do TikTok

Apesar de desistir do banimento, Departamento de Comércio diz que não vai desistir da ação. Foto: XanderSt/Shutterstock

Em mais um desdobramento da situação entre TikTok, de propriedade chinesa, e Estados Unidos, o Departamento de Comércio norte-americano disse que não obrigará a plataforma a encerrar seus serviços no país. No entanto, afirma que não desistirá da ação.

Como justificativa para essa decisão repentina, o órgão citou uma liminar assinada por Wendy Beetlestone, juíza federal da Pensilvânia. Na ocasião, a magistrada decidiu que o Departamento de Comércio provavelmente ultrapassou sua autoridade quando tentou proibir o TikTok.

De acordo com comunicado emitido pelo governo, a ideia de impedir que o aplicativo opere foi “proibida e não entrará em vigor enquanto se aguarda outros desenvolvimentos legais”.

Em sua decisão a juíza afirmou que “os vídeos curtos criados e trocados no TikTok são expressivos e informativos, e são análogos aos ‘filmes’, ‘obras de arte’, ‘fotografias’ e ‘feeds de notícias’, além de protegidos pela Lei de Poderes econômicos de Emergência Internacional”.

Via: Engadget