Scanner é capaz de detectar se você lavou as mãos corretamente

Máquina criada por uma engenheira biomédica americana usa um algoritmo de detecção com luz para escanear as mãos, sendo capaz de identificar a presença de algumas bactérias e vírus
Fabiana Rolfini25/05/2020 17h37, atualizada em 25/05/2020 17h40

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A Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, lembrou milhões de pessoas que lavar as mãos corretamente é uma forma simples de evitar a contaminação por esta e outras enfermidades. Mas como ter certeza que suas mãos estão, de fato, bem lavadas?

Pensando nisso, a engenheira biomédica Christine Schindler desenvolveu nos EUA o PathSpot, scanner capaz de detectar se as mãos foram lavadas o suficiente. Embora não possa identificar o coronavírus no momento, a tecnologia tem sido muito usada em restaurantes para ajudar a conter a disseminação de doenças transmitidas por alimentos, tais como salmonella e escherichia coli (e.coli).

A máquina usa um algoritmo de detecção com luz para escanear as mãos, sendo capaz de identificar a presença de algumas bactérias e vírus. Ao posicionar as mãos por baixo do scanner, a digitalização leva apenas dois segundos e, se a máquina mostrar qualquer traço de contaminação, identificado por uma luz vermelha, o funcionário deve lavá-las novamente. Do contrário, o aparelho emitirá uma luz verde.

Reprodução

Análise de bactérias. Foto: iStock/AndreasReh

Eficácia da tecnologia

Os inventores enxergam o produto como uma solução para um problema de higiene na indústria de foodservice, alegando que há “48 milhões casos de doenças transmitidas por alimentos a cada ano, e 97% dos americanos não lavam as mãos corretamente.”

Em termos de eficácia, a empresa vê uma redução de 75% na contaminação após um mês de uso do PathSpot e uma redução de 90% após seis meses.

Apesar de não ajudar a detectar o coronavírus especificamente, a preocupação geral dos americanos em relação ao saneamento aumentou desde o início da Covid-19. Segundo Schindler, o uso da máquina aumentou 500% em centenas de clientes naquele país.

É cobrada uma taxa de assinatura mensal que inclui o próprio dispositivo, além de um serviço de consultoria. Os preços variam com base no tamanho e no número de dispositivos adquiridos, mas, em média, são vendidos a partir de US$ 175 por mês (R$ 955, convertidos).

Via: TechCrunch

Fabiana Rolfini é editor(a) no Olhar Digital