A Rússia revelou nesta quarta-feira (18) detalhes sobre seu escudo espacial antimíssil, um dia após uma votação no Congresso dos Estados Unidos para criar uma força espacial, conforme pedido do presidente norte-americano, Donald Trump

O sistema, chamado “Kupol” (“domo”, em português), servirá para detectar, do espaço, o lançamento de mísseis balísticos, sua trajetória e seu alvo, de acordo com documentos apresentados pelo Estado-Maior da Rússia a adidos militares (oficiais das Forças Armadas que trabalham em conjunto com uma representação diplomática para troca de informações estratégicas) estrangeiros, em Moscou.

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As fotografias dos documentos foram publicadas no site do Ministério da Defesa. Dentro do mesmo programa, a Rússia já lançou em órbita três satélites “Tundra” de alerta precoce em 2015, 2017 e 2019. No entanto, a arquitetura complexa do “Kupol”, que tem como objetivo ser equivalente ao Sistema Infravermelho Espacial (SBIRS) americano é desconhecida.

Segundo o chefe do Estado-Maior da Rússia, Valery Gerasimov, o satélite colocado em órbita recentemente “aumentou significativamente a capacidade da Rússia de garantir a detecção de lançamentos de mísseis balísticos”.

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Na terça-feira (17), o Congresso dos Estados Unidos votou por um orçamento de US$ 738 bilhões para criar, como quer Donald Trump, uma “força espacial”, no âmbito das forças armadas americanas. Outros satélites da SBIRS são planejados para os próximos dois anos. 

Gerasimov alertou também que exercícios militares da OTAN, próximos às fronteiras russas, podem desencadear um “conflito militar em larga escala”. Segundo ele, a pressão ocidental sobre o país pode causar “situações de crise” que podem sair do controle e provocar uma guerra.

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A OTAN realizou exercícios militares em países na fronteira com a Rússia, como Noruega, Letônia e Estônia ao longo deste ano, enquanto Moscou organizou extensos jogos de guerra. Por mais que Gerasimov diga que não vê “nenhuma condição prévia para uma guerra de larga escala”, o país demonstrou repetidamente sua preocupação com a presença das forças militares da OTAN nos países bálticos. 

Via: UOL, Daily Mail