Rússia, China, Irã e Coreia do Norte são ameaças para a segurança cibernética

À medida que a década de 2020 se aproxima, novos países aumentam suas capacidades cibernéticas
Redação20/11/2019 14h54, atualizada em 20/11/2019 15h30

20190822124643-1878x1080

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

O aumento de hackers apoiados por um Estado tem sido um dos problemas mais graves da segurança cibernética nos últimos anos. Agora, um novo conjunto de países deseja realizar essa técnica. Países como Rússia, China, Irã e Coreia do Norte são visto como mais prováveis de participarem de campanhas de espionagem cibernética. Seus grupos de hackers têm como alvo governos e organizações em todo o mundo.

Os governos de países ocidentais também estão investindo em espionagem cibernética, e um dos maiores ataques desse tipo, realiado contra o projeto nuclear iraniano, foi autorizado pelos Estados Unidos. Mas não são apenas as superpotências e os suspeitos usuais que estão tirando proveito da internet para obter ganhos. À medida que a década de 2020 se aproxima, novos países aumentam suas capacidades cibernéticas.

“Nos últimos cinco anos, se viu mais e mais países adquirindo capacidades cibernéticas ofensivas”, afirmou Sahar Naumaan, analista de inteligência de ameaças da BAE Systems, destacando que é apenas questão de tempo para novos países atingirem o nível de Rússia, China, Irã e Coreia do Norte no quesito.
Um grupo de vietnamitas desenvolveu o APT 32, conhecido como OceanLotus, aparentemente com o apoio do governo do país, que tem como principais alvos diplomatas e empresas estrangeiras do Vietnã.

Muitas dessas campanhas começam com e-mails que incentivam as vítimas a habilitar ferramentas que permitem a ação de malwares. “Nos últimos cinco anos, houve evoluções táticas junto com novos softwares maliciosos e novas técnicas, mas eles não deram um salto para competir com o volume de ataques chineses ou a sofisticação dos grupos russos”, afirmou Benjamin Read, gerente sênior de análise de espionagem cibernética da FireEye.

Segundo o vice-presidente de inteligência de ameaças da Unidade 42 da Palo Alto Networks Ryan Olson, relatórios apontam que os primeiros alvos de novos ataques cibernéticos são dissidentes do próprio governo, com o intuito de rastrear e localizar possíveis vítimas. Recentemente, ativistas de direitos humanos do Oriente Médio sofreram com ataques cibernéticos.

O Paquistão é um dos países em que técnicas de ciberataques está se desenvolvendo rapidamente, principalmente com o Grupo Gorgon, que atua em áreas mais tradicionais, como roubo de identidade e credenciais, mas também em ataques arquitetados pelo governo, como ações direcionadas a diplomatas europeus e americanos.

A espionagem cibernética contra nações ocidentais não é nova, mas a evolução de campanhas vinda de lugares como Vietnã, Oriente Médio e Paquistão aumentará a frequência desses ataques.
Em última análise, os ciberataques apoiados pelos governos continuarão sendo parte da espionagem cibernética e das relações internacionais, e se intensificarão à medida que os países procuram se desenvolver nesse quesito.

Via: ZD Net

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital