Novo formato usa metade dos dados para transmitir vídeos em 4K

Padrão H.266 consegue diminuir o gasto de dados sem comprometer a qualidade das imagens; chips necessários para transmitir a codificação ainda estão sendo projetados
Redação07/07/2020 16h05, atualizada em 07/07/2020 17h18

20200707011024

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email
Megaprojetos

A empresa alemã Fraunhofer lançou um novo padrão de codificação que promete melhorar ainda mais a transmissão de vídeos, o H.266/Versatile Video Coding (VVC). O código foi projetado para streamings em 4K e 8K e reduz os dados necessários em 50% em comparação com o atual H.265/HEVC, ao mesmo tempo em que mantém a qualidade visual.

A empresa, porém, não trabalhou sozinha no projeto. A codificação foi desenvolvida com a colaboração de diversas empresas, incluindo Apple, Ericsson, Intel, Huawei, Microsoft, Qualcomm e Sony. A fim de evitar uma disputa de licenciamento, o H.266 vai ser licenciado pelo Fórum da Indústria de Codificação de Mídia composto por um grupo de 34 empresas.

Segundo a Fraunhofer, um filme de 90 minutos codificado em H.265 teria cerca de 10 GB, enquanto precisaria de apenas 5 GB com a nova codificação. “O H.266/VVC foi desenvolvido com conteúdo de vídeo de resolução ultra alta em mente, então é particularmente benéfico ao transmitir vídeos em 4K ou 8K em uma TV de tela plana”, destacou a empresa. Apesar disso, é possível codificar vídeos em formatos de 480p ou superior.

ReproduçãoNova codificação vai permitir transmitir mesma qualidade com menor consumo de dados. Foto: Reprodução

Streaming

Atualmente, o streaming de vídeo é o responsável pela maior parte do consumo de internet no mundo. Empresas como Netflix e Amazon Prime Video teriam grande vantagem em utilizar a codificação. Essas plataformas, além de YouTube e muitas outras, se viram obrigadas a limitar a qualidade de seus vídeos durante a pandemia do novo coronavírus por conta do aumento no tráfego, aliviando a infraestrutura da internet.

Se a codificação já estivesse disponível, talvez essa limitação não fosse necessária, já que seria possível manter a qualidade com menos quantidade de dado sendo consumida. Além disso, o H.266 pode possibilitar uma melhora ainda maior na qualidade das imagens.

Ainda não há um software para codificação e decodificação dos vídeos no novo padrão, mas a empresa alemã afirmou que vai entregá-lo em breve. “Os novos chips necessários para uso do H.266/VVC, como os de dispositivos móveis, estão atualmente sendo projetados”, acrescentou. Isso pode fazer com que, mesmo anunciada, a codificação demore certo tempo para ser usada.

Via: Engadget

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital