Com a pandemia de coronavírus e a orientação do isolamento social, a forma de interagir com amigos, colegas de trabalho e a família mudaram. Se antes era comum se reunirem, hoje isso é feito por meio de videochamadas. Agora, uma empresa de Los Angeles deu um passo a diante, e desenvolveu uma cabine de holograma ao vivo que pode ser instalada em praticamente qualquer lugar, basta ter uma tomada comum.
A máquina, desenvolvida pela Portl Inc, possui o tamanho de uma cabine telefônica e permite a interação com um holograma em tamanho real da pessoa. O dispositivo possui 2,1m de altura, 1,5m de largura e 0,6m de profundidade e, para transmitir, basta uma câmera e um fundo branco.
“Somos capazes de conectar famílias que não se veem há meses”, destacou David Nussbaum, presidente-executivo da empresa. O grande alvo da Portl Inc, porém, são os museus. Com o dispositivo, é possível ter um holograma de alguma figura histórica que, equipado com uma inteligência artificial, pode responder as perguntas dos visitantes.
Empresa também trabalha em uma versão de mesa do equipamento. Foto: Reuters
O equipamento tem preço inicial de US$ 60 mil, cerca de R$ 320 mil em conversão direta. Com o acréscimo da inteligência artificial para produzir gravações, o valor sobe para US$ 85 mil, aproximadamente R$ 450 mil. Segundo Nussnaum, a empresa também trabalha em uma versão de mesa da cabine, que deve estar disponível no início de 2021 e não tem preço revelado, mas que deve ser mais baixo que o da versão original.
Hologramas na indústria da música
Além dos museus, outros setores podem se aproveitar da tecnologia. E parece que 2019 foi o ano dos shows dos hologramas. Artistas como Amy Winehouse, Michael Jackson, Ronnie James Dio e Abba estão entre os que apareceram nos palcos de forma tecnológica — e essa pode ser uma boa chance para o público que não teve chance de vê-los ao vivo.
A ideia não é nova, mas agora tem sido cada vez mais explorada. Em 2012, por exemplo, Snoop Dog inovou ao cantar com o rapper Tupac (morto em 1996) no Festival Coachella. Os hologramas já haviam sido utilizados antes, mas a qualidade era bastante inferior — por isso, a apresentação de Tupac se tornou um marco.
Via: Reuters