Máquina de holograma permite interação entre pessoas em tamanho real

Tecnologia é uma evolução das videochamadas; dispositivo é ligado em tomada comum e, para fazer a transmissão, basta uma câmera e um fundo branco
Redação07/08/2020 11h58, atualizada em 07/08/2020 12h24

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Com a pandemia de coronavírus e a orientação do isolamento social, a forma de interagir com amigos, colegas de trabalho e a família mudaram. Se antes era comum se reunirem, hoje isso é feito por meio de videochamadas. Agora, uma empresa de Los Angeles deu um passo a diante, e desenvolveu uma cabine de holograma ao vivo que pode ser instalada em praticamente qualquer lugar, basta ter uma tomada comum.

A máquina, desenvolvida pela Portl Inc, possui o tamanho de uma cabine telefônica e permite a interação com um holograma em tamanho real da pessoa. O dispositivo possui 2,1m de altura, 1,5m de largura e 0,6m de profundidade e, para transmitir, basta uma câmera e um fundo branco.

“Somos capazes de conectar famílias que não se veem há meses”, destacou David Nussbaum, presidente-executivo da empresa. O grande alvo da Portl Inc, porém, são os museus. Com o dispositivo, é possível ter um holograma de alguma figura histórica que, equipado com uma inteligência artificial, pode responder as perguntas dos visitantes.

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Empresa também trabalha em uma versão de mesa do equipamento. Foto: Reuters

O equipamento tem preço inicial de US$ 60 mil, cerca de R$ 320 mil em conversão direta. Com o acréscimo da inteligência artificial para produzir gravações, o valor sobe para US$ 85 mil, aproximadamente R$ 450 mil. Segundo Nussnaum, a empresa também trabalha em uma versão de mesa da cabine, que deve estar disponível no início de 2021 e não tem preço revelado, mas que deve ser mais baixo que o da versão original.

Hologramas na indústria da música

Além dos museus, outros setores podem se aproveitar da tecnologia. E parece que 2019 foi o ano dos shows dos hologramas. Artistas como Amy Winehouse, Michael Jackson, Ronnie James Dio e Abba estão entre os que apareceram nos palcos de forma tecnológica — e essa pode ser uma boa chance para o público que não teve chance de vê-los ao vivo.

A ideia não é nova, mas agora tem sido cada vez mais explorada. Em 2012, por exemplo, Snoop Dog inovou ao cantar com o rapper Tupac (morto em 1996) no Festival Coachella. Os hologramas já haviam sido utilizados antes, mas a qualidade era bastante inferior — por isso, a apresentação de Tupac se tornou um marco.

Via: Reuters

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital