O presidente executivo da Amazon, Jeff Bezos, vendeu mais de US$ 3,1 bilhões (R$ 16,78 bilhões em conversão direta) em ações da companhia no começo de agosto. Apesar da quantia expressiva, o negócio quase não impacta na participação do empresário na gigante do varejo online.

Segundo o Bloomberg, após vender cerca de um milhão de posições, o empresário ainda conta com 54 milhões de papéis da Amazon e uma fortuna total avaliada em US$ 189 bilhões, ou cerca de R$ 1,02 trilhão.

No início do ano, Bezos já havia vendido parte de suas ações da companhia por US$ 4,1 bilhões. De acordo com a Reuters, o norte-americano tem afirmado que planeja negociar ações da Amazon todos os anos para apoiar sua companhia aeroespacial Blue Origin.

Desde janeiro, o patrimônio líquido de Jeff Bezos aumentou US$ 74,9 bilhões, enquanto o valor das ações da Amazon subiu 73%. Em julho, a fortuna do executivo chegou a valorizar US$ 13 bilhões em um único dia. O empresário, no entanto, não foi o único bilionário a ficar ainda mais rico em 2020.

O patrimônio do CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, ultrapassou recentemente a marca de US$ 100 bilhões; já a fortuna do presidente e fundador da Tesla e da SpaceX, Elon Musk, cresceu US$ 46 milhões neste ano e superou o patamar dos US$ 70 bilhões.

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Com 56 anos, Jeff Bezos é o homem mais rico do mundo. Sua fortuna é US$ 70 milhões maior do que a do fundador da Microsoft e segundo homem mais rico do mundo, Bill Gates. Imagem: Reprodução

Um estudo da consultoria norte-americana Comparlsun indica que Bezos pode se tornar o primeiro trilionário do mundo. Isso porque a riqueza do CEO da Amazon apresenta um crescimento médio anual de 34% desde 2015. O levantamento considerou as 25 pessoas com maior fortuna atualmente e apontou que apenas 11 delas têm condições reais de ultrapassar a marca.

Homem mais rico do mundo, Bezos lidera as projeções. Se continuar no mesmo ritmo, o patrimônio do empresário deve passar de US$ 1 trilhão em 2026, quando o executivo estiver com 62 anos.

Depoimento no congresso

No fim de julho, Jeff Bezos depôs no congresso dos Estados Unidos em meio a uma investigação sobre supostas políticas anticompetitivas da Amazon. Ao lado dos presidentes da Apple, do Facebook e do Google, o empresário foi questionado sobre o uso de dados de vendedores em sua plataforma para desenvolver seus próprios produtos. 

Bezos respondeu que a Amazon possui políticas contra a prática, mas ressaltou que não poderia garantir que essas diretrizes nunca foram violadas. O bilionário também negou que a empresa copia produtos de vendedores da plataforma. Questionado sobre as alegações de que a Amazon impede que comerciantes de livros vendam determinados produtos na plataforma, o executivo disse que a ação também não corresponde às políticas da empresa e frisou que isso não acontece de forma sistemática. 

Fonte: Bloomberg (Via Uol)