Jeff Bezos perdeu US$ 10 bilhões em 2019, mas ainda é o mais rico do mundo

Fundador e CEO da Amazon viu seu patrimônio murchar devido ao divórcio, mas
Renato Santino31/12/2019 18h20

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Imagine perder US$ 10,1 bilhões. Para a maioria das pessoas do planeta, essa ideia parece piada que simplesmente geraria uma dívida surreal e impagável de bem mais de US$ 9 bilhões. Para Jeff Bezos, fundador da Amazon, essa é uma realidade: ele foi uma das pessoas que mais perdeu dinheiro (em números absolutos, claro) no planeta em 2019… e ainda assim se mantém como o maior bilionário do planeta, segundo o ranking da Bloomberg.

A queda em seu patrimônio tem uma razão clara, no entanto. O divórcio entre Jeff e McKenzie Bezos resultou na transferência de US$ 35 bilhões em ações da Amazon para a agora ex-esposa do CEO da companhia. Mesmo com tudo isso, ele foi capaz de encerrar o ano com um patrimônio de US$ 115 bilhões.

Ao mesmo tempo em que Jeff fecha o ano com US$ 10 bilhões a menos de patrimônio, seu divórcio ajudou a colocar um nome novo na lista dos maiores bilionários do planeta, com a inclusão de McKenzie na lista da Bloomberg. Hoje ela já tem US$ 37,1 bilhões, e é creditada com um ganho de… US$ 37,1 bilhões ao longo de 2019.

Isso diz muito sobre o ano da Amazon, cujas ações formam grande parte do patrimônio de Jeff Bezos. A companhia se mantém como um império do comércio eletrônico e segue crescendo, se expandindo para cada vez mais áreas. O AWS, plataforma de computação em nuvem da companhia, também lidera o mercado com folga. Ao longo do ano, a companhia chegou a bater um valor de mercado de US$ 1 trilhão, e seus papéis se valorizaram em mais de 22% entre 1º de janeiro e 31 de dezembro.

Só existe no mundo uma pessoa que “perdeu” mais dinheiro do que Jeff Bezos ao longo do ano: Rupert Murdoch, magnata do setor de mídia, fundador da 21th Century Fox. O verbo “perder” está entre aspas porque, na realidade, ele apenas repassou US$ 12 bilhões obtidos com a venda da companhia para a Disney para seus filhos, o que fez seu patrimônio murchar de US$ 19,3 bilhões para US$ 7,3 bilhões na época da transferência, em março deste ano. Ao fim do ano, as “perdas” já diminuíram para US$ 10,2 bilhões. Que sufoco, não?

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital