A Nvidia anunciou nesta quinta-feira (15) que o consórcio italiano Cineca, que reúne várias universidades do país, construirá o que é descrito como o “supercomputador de inteligência artificial mais rápido do mundo”.

A máquina, que recebeu o óbvio nome de Leonardo, em referência a Da Vinci, está em fase de construção pela empresa francesa Atos. Ela será usada para pesquisas científicas que demandam altíssimo poder computacional, como a simulação de forças planetárias que causam as mudanças climáticas, ou realizar análises genômicas que permitam identificar proteínas promissoras para combater o coronavírus e criar tratamentos eficazes contra a Covid-19.

Para isso, o supercomputador Leonardo contará com 10 exaflops de desempenho com precisão FP16 para inteligência artificial. O site The Register, no entanto, nota que supercomputadores costumam ter seu desempenho medido em FP64, mas, para inteligência artificial, FP16 é suficiente. É por isso que a Nvidia ressalta que se trata do supercomputador de IA mais rápido do mundo. Em aplicações que dependem de maior precisão, ele deve ser superado por outras máquinas.

A máquina tem previsão de início de suas operações para 2022. A Nvidia não tenta dar um palpite se o supercomputador conseguirá entrar no Top 500, a lista atualizada semestralmente que ranqueia computadores por desempenho. A empresa vai esperar o lançamento do Leonardo para saber onde ele se encaixa, afirmando que a entrada no ranking “é mais uma arte do que uma ciência”.

O Leonardo fará uso da plataforma computacional da Nvidia, utilizando 14 mil GPUs Ampère A100. A máquina será formada por nós Atos Sequana XH2000, cada um contando com quatro GPUs Nvidia Tensor Core e mais um processador Intel Xeon.

O supercomputador italiano é o mais poderoso do projeto EuroHPC (Computação de Alto Desempenho Europeu) que prevê a implementação de quatro do tipo no continente. Os outros três serão localizados em Luxemburgo, na República Tcheca e na Eslovênia.