Intel anunciou que não produzirá mais seu modem móvel 5G

A Intel fez o anúncio apenas duas horas depois do acordo feito entre Qualcomm e a Apple. Empresa alega não ver "um caminho claro para a lucratividade e retornos positivos para o setor de modems"
Redação17/04/2019 12h12, atualizada em 17/04/2019 12h32

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A Intel anunciou nesta semana que decidiu deixar o mercado de modems móveis 5G para se concentrar na produção de modems para PCs e dispositivos domésticos inteligentes. O anúncio aconteceu apenas horas depois de Qualcomm e Apple terem fechado um acordo de resolução dos problemas com violações de patente que vinham enfrentando.

É muito provável que a decisão da Intel tenha influenciado a Apple a resolver as divergências com a Qualcomm. Contudo, não se sabe exatamente quando a fabricante de chips para PCs avisou as empresas sobre sua desistência na produção deste componente e ela não quis comentar sobre o assunto. De qualquer modo, a “Maçã” precisará de outra fornecedora de modems 5G, o que significa que a Intel praticamente cedeu seus negócios à Qualcomm.

O CEO da Intel, Bob Swan, disse em um comunicado que não vê lucratividade e retornos positivos para sua empresa na produção deste tipo de modem movél, mas que não deixará o projeto totalmente de lado. “O 5G continua a ser uma prioridade estratégica em toda a Intel, e nossa equipe desenvolveu um valioso portfólio de produtos sem fio e propriedade intelectual. Estamos avaliando nossas opções para perceber o valor que criamos, incluindo as oportunidades em uma ampla variedade de plataformas e dispositivos centrados em dados em um mundo de 5G”.

Nem a Apple nem a Qualcomm comentaram do porquê do acordo ter sido feito de forma tão abrupta e inesperada. Porém, já havíamos publicado no Olhar Digital sobre a desconfiança da empresa liderada por Tim Cook na capacidade da Intel de produzir chips 5G e da necessidade da Apple de ter um iPhone 5G em mãos em 2020. Portanto, talvez, a necessidade tenha falou mais alto que orgulho e dinheiro.

briga entre Apple e Qualcomm começou em 2017 com esta última acusando a Maçã de violação de patentes e o embate seguia até terça-feira (16/4), quando as companhias alnunciaram o acordo. Como parte dele, a Apple pagará à Qualcomm uma quantia não revelada relacionada a royalties e as duas empresas firmaram um novo contrato global de licenciamento de patentes de seis anos que pode ser estendido no futuro por mais dois anos.

É quase certo que a Apple irá retomar o uso exclusivo dos modems da Qualcomm no iPhone, incluindo os componentes 5G da marca, que provavelmente chegarão aos smartphones da Apple no ano que vem.

Via: The Verge

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital