Um grupo de empresas anunciou nesta sexta-feira (7) um investimento de R$ 100 milhões para ajudar a financiar a produção de uma vacina contra Covid-19 no Brasil. O aporte será feito na Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), que está encarregada de preparar o composto desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca e pela universidade britânica de Oxford.

O investimento será destinado à construção de um laboratório no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), no Rio de Janeiro, e a unidade deve estar pronto até o início de 2021, quando se prevê que a vacina poderá começar a ser aplicada na população se os testes comprovarem sua eficácia e segurança. O valor também será destinado à compra de equipamentos e criação de infraestrutura. No futuro, quando a pandemia de Covid-19 estiver sob controle, o laboratório poderá ser usado para produzir outras vacinas sob supervisão da Fiocruz, como relata o site Valor Investe.

A vacina que será produzida pela Fiocruz está hoje na fase 3 e definitiva de testes com seres humanos, com participação de 2.000 brasileiros. A pesquisa em andamento no Brasil inclui uma parceria com o Ministério da Saúde para facilitar o acesso a doses do composto se ele se provar capaz de cumprir seu objetivo de imunizar pessoas contra a Covid-19.

A parceria prevê que o Brasil assume uma parte dos riscos da pesquisa, com o investimento na compra de doses da vacina mesmo sem a comprovação de sua eficácia. O país o ingrediente farmacêutico ativo para 15 milhões de doses em dezembro e mais um lote em janeiro. Caso a vacina se prove eficaz, o acerto também prevê mais 70 milhões de doses produzidas pela Fiocruz.

O grupo é formado por Ambev, Americanas, Itaú, Stone, Instituto Votorantim, Fundação Lemann, Fundação Brava e Behring Family Foundation. Algumas dessas instituições também se comprometeram a apoiar o Instituto Butantan, que participa das pesquisas de outra vacina, a do laboratório chinês Sinovac, que desenvolve seus estudos com parceria com o governo do estado de São Paulo.