O Facebook resolveu rivalizar ainda mais com o YouTube. Agora, a gigante da internet fechou uma série de acordos para ter o direito de exibir videoclipes, de acordo com pessoas envolvidas no assunto. Com isso, a rede social entra definitivamente no campo dominado pelo YouTube.

As fontes, que preferiram não se identificar, afirmaram que as parcerias serão anunciadas em breve. Segundo elas, as três maiores gravadoras de música do mundo acertaram com a rede de Mark Zuckerberg: Warner Music, Universal Music e Sony Music Entertainment.

Os clipes musicais são um dos gêneros mais populares no YouTube, gerido pela Alphabet (dona do Google). O Facebook tenta há muito tempo adquirir os direitos de transmissão para que bilhões de usuários possam assistir e compartilhar os videoclipes em sua plataforma. A empresa já tinha os direitos de áudio, permitindo o compartilhamento de vídeos com música de fundo, por exemplo, mas não tinha permissão para exibir os clipes oficiais.

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Maior parte dos videoclipes são exibidos no YouTube. Imagem: Reprodução

A empresa abordou alguns artistas e gravadoras sobre a aquisição de direitos exclusivos para alguns clipes, mesmo que apenas temporariamente, segundo as pessoas envolvidas. Em alguns casos, o Facebook afirmou que estaria disposto a pagar custos de produção e que promoveria o vídeo em seu serviço para aumentar a quantidade de visualizações.

Mais visualizações

O Facebook procura novas maneiras de aumentar as visualizações de vídeos em sua plataforma, de olho em um mercado promissor. A publicidade em vídeo geralmente é mais rentável do que outros tipos de anúncio, e aplicativos de vídeos curtos, como o TikTok, controlado pela chinesa ByteDance, têm conquistado usuários rapidamente. Ao mesmo tempo, a pandemia de Covid-19 fez o número de visualizações em vídeos no YouTube disparar.

No mês passado, a Microsoft anunciou o encerramento de seu serviço de streaming para gamers, chamado Mixer, e a transferência de seus parceiros existentes para o serviço do Facebook.

De acordo com Zuckerberg, a empresa tenta expandir os recursos de vídeo nos quais produtores possam criar uma “comunidade” de fãs ou seguidores, e não apenas focar em quantidade de visualizações. Segundo ele, isso é “algo que é muito mais difícil de fazer no YouTube, na Twitch ou em outros produtos como esses”.

Via: UOL