Na quarta-feira (5), o Facebook declarou que removeu uma publicação feita pela conta oficial de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. A postagem em questão reproduzia um trecho de uma entrevista do político à Fox News em que ele afirma que as crianças são “quase imunes” ao novo coronavírus.

Em declaração enviada ao The Washington Post, Andy Stone, porta-voz do Facebook, disse que o vídeo compartilhado inclui “falsas alegações de que um grupo de pessoas é imune à Covid-19, o que é uma violação da política sobre desinformação em relação à Covid”.

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No trecho removido, o presidente diz: “Se você olhar para as crianças, as crianças são quase – e eu diria definitivamente -, quase imunes a esta doença”. Segundo a Reuters, o Facebook disse que foi a primeira vez que houve a remoção de uma postagem de Trump por apresentar informações falsas sobre o novo coronavírus.

Conteúdo removido do Twitter

Apesar de ser algo novo para o Facebook, o Twitter constantemente realiza ações para mitigar o compartilhamento de informações falsas por fontes ligadas a Trump. O caso mais recente ocorreu também na quarta-feira.

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O Twitter afirma que realizou o bloqueio temporário de uma conta oficial criada para promover a reeleição de Donald Trump nos Estados Unidos. O fato ocorreu após um tuíte com informações equivocadas sobre a Covid-19 ser postado.

À agência France Presse, um porta-voz da rede social informou que a postagem foi excluída após ser constatado que apresentava conteúdo que violava as regras contra desinformação da plataforma.
O tuíte, postado pela conta @TeamTrump, continha o mesmo vídeo usado por Trump no Facebook e que também foi removido.

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Polêmica entre Mark Zuckerberg e Donald Trump

A mais recente polêmica envolvendo o criador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, está relacionada a um suposto acordo entre ele e Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.

Isso porque a rede social de Zuckerberg não remove publicações do presidente que não vão de encontro com as políticas da plataforma, como a propagação de fake news, além de postagens críticas aos protestos contra a morte do homem negro George Floyd, que culminaram em uma onda de manifestações antirracistas no país.

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Em entrevista ao site Axios, o dono do Facebook rebateu as críticas e afirmou que as acusações eram “ridículas”. Zuckerberg, entretanto, afirmou que mantém, sim, relação com o presidente, mas como ele sempre fez – inclusive com os anteriores.

“Eu falo com o presidente de tempos em tempos, assim como falamos com nosso último presidente e líderes políticos em todo o mundo. Sob esse governo, enfrentamos multas recorde de US$ 5 bilhões, estamos sob investigação antitruste de várias agências e foram alvo de uma ordem executiva para retirar as proteções na Seção 230”, disse.

Via: G1