Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, aceitou em pagar taxas maiores para funcionar em alguns países europeus devido às reformas globais tributárias. Essas informações – que até então não eram públicas – são parte de trechos vazados de seu discurso para um evento que acontecerá neste sábado (15), na Alemanha.

“Entendo que há frustração sobre como as empresas de tecnologia são tributadas na Europa. Também queremos reforma tributária e fico feliz que a OCDE esteja olhando para isso”, diz um dos trechos esperados de Zuckerberg na Conferência de Segurança de Munique.

Segundo o discurso, Zuckerberg e o Facebook desejam que o processo da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) “seja bem-sucedido, para que possamos ter um sistema estável e confiável no futuro. E nós aceitamos que isso pode significar que temos que pagar mais impostos e pagá-los em diferentes lugares sob uma nova estrutura”.

Facebook, Google e Amazon restringiram as regras tributárias existentes, já que se instalam em países europeus com baixos impostos e ficam sob essas taxas mesmo que seus usuários estejam em outras regiões da Europa.

Mas a brecha está prestes a mudar: depois que 137 estados quase provocaram uma guerra comercial motivados por alguns poucos países que estavam se preparando para fazer a reforma tributária sozinhos, oficiais de diversos governos concordaram em negociar novas regras sobre onde os impostos devem ser pagos e qual parcela do lucro deve ser tributada.

As autoridades fiscais têm até julho para estabelecer um acordo sobre os parâmetros técnicos das tributações nos países.

Na Europa, Zuckerberg deve se reunir com os chefes dos setores industrial e digital da União Europeia na segunda-feira (17).

 

Via: VentureBeat