Ex-alunos da USP criam plataforma para ajudar no combate à corrupção

O RevelaGov já detectou mais de 1 milhão de indícios de irregularidades e busca combater a corrupção com acesso claro aos dados, explicando ao cidadão como seu dinheiro está sendo gasto
Redação22/11/2019 14h18, atualizada em 22/11/2019 14h52

20191122103206

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Apesar de estarem disponíveis, nem sempre os dados públicos são de fácil compreensão, seja pelo processo em acessá-los ou até pela linguagem adotada. Pensando nisso, um grupo de ex-alunos da USP criou a plataforma RevelaGov, que busca tornar mais ‘legível’ as informações públicas. Nela, é possível identificar indícios de irregularidades, comparar cidades, detalhar e consolidar todas as despesas dos municípios e acompanhar a efetividade de seus gastos.

O programa trabalha coletando dados públicos de plataformas abertas como sites de orçamentos, portais da transparência e outros sites do estado de São Paulo. Em seguida, o software trata e cruza as informações colhidas. Todo o processo é realizado usando inteligência artificial e big data, armazenando informações de 1802 órgãos públicos do estado, em um banco de dados que hoje já possui mais de 10 anos de informações colhidas entre 2008 e 2018. Por enquanto, o RevelaGov mapeou mais de 1 milhão de indícios de irregularidades.

O RevelaGov foi criado por Rafael dos Anjos, que fez doutorado na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) e por Bárbara Krysttal, gestora de políticas públicas e ex-aluna da Escola de Artes, Ciência e Humanidades (EACH). “O que mais me gera interesse é essa questão de a população poder saber, conhecer como a cidade dela está. Uma cidade que tem pouca transparência, tem muito obscurantismo. E esse obscurantismo, normalmente, significa alta porosidade à corrupção”, afirmou Krystall.

A plataforma é compatível com Windows, Linux e Mac. Além disso, possui quatro planos de acesso, sendo um deles de graça, oferecendo acesso aos dados entre 2016 e 2017 que tratem do balanço econômico dos municípios no período, comparação dos gastos entre os municípios e as contratações realizadas e dívidas em modalidades de compra. Os outros modelos básico, premium pro, permitem um acesso mais detalhado e até mesmo cruzamento de outras bases de dado.

Via: Jornal da USP

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital