Ribeirão Preto, no interior da cidade de São Paulo, sediou o “3º HackRibeirão contra a corrupção”, no último fim de semana. Se trata de uma maratona de programação e desenvolvimento de soluções para o monitoramento da gestão pública.
O evento contou com programadores, empreendedores, estudantes de economia e tecnologia. Cerca de 60 participantes estiveram “imersos” no campus da USP, buscando resolver problemas reais relacionados ao controle de contratos e gastos públicos. A ideia envolvia o desenvolvimento de produtos, serviços, programas e aplicativos.
Os jovens participaram em duas categorias. Um dos grupos ficou responsável por discutir “corrupção nos processos licitatórios e compras públicas”, trazendo propostas de soluções tecnológicas para identificar fraudes e a falta de transparência na gestão.
Já o outro grupo se debruçou sobre o desenvolvimento dos “sistemas de denúncia no âmbito municipal”, buscando aproximar o cidadão do poder público.
Um dos aplicativos desenvolvidos no evento serve para aperfeiçoar os canais de denúncia. Feito pelo estudante de economia Renan Rocha, o app permite que o cidadão detalhe em qual departamento a suposta fraude foi identificada, quem são as pessoas envolvidas e o valor supostamente desviado.
O “HackRibeirão contra a corrupção” também contou com palestra do promotor Leonardo Romanelli, integrante do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crimo Organizado, que destacou as dificuldades que enfrenta nas investigações de casos de corrupção. “A gente acha fabulosa a participação, a invasão da juventude na fiscalização da coisa pública. Isso reflete um Brasil muito mais amadurecido, em que os mais jovens participam, se preocupam, querem vivenciar o controle social”, afirmou.
Via: G1