Elon Musk é um executivo incomum. Enquanto a maioria dos CEOs de grandes empresas se protege atrás de equipes de imprensa e dá declarações e entrevistas cuidadosamente preparadas, Musk “fala o que pensa” usando seu perfil no Twitter.

O bilionário já usou seu perfil para acusar um mergulhador de pedofilia durante o resgate dos garotos presos em uma caverna na Tailândia, para anunciar uma nova empresa, a Boring Company, para anunciar fechamento de capital da Tesla (ato pelo qual ele foi punido) e mesmo para anunciar o estranho nome de seu filho com a cantora Grimes.

Mais recentemente, o executivo afirmou que “o pânico com o coronavírus é estúpido”, prevendo que os casos nos EUA desapareceriam rapidamente (atualmente são mais de 1,6 milhão de casos nos EUA, com quase 100 mil mortos), criticou medidas de isolamento para combate à Covid-19 pedindo “LIBERTEM A AMÉRICA AGORA” e a reabriu a fábrica da Tesla em Fremont, na Califórnia, desafiando uma lei municipal do condado de Alameda, onde ela está localizada. “Se alguém tiver que ser preso, peço que seja apenas eu”, disse. A cidade acabou cedendo e permitiu que a fábrica fosse reaberta.

Mas Musk não parece arrependido de seus tweets, nem tem intenção de mudar sua forma de comunicação tão cedo. “É difícil fazer todo mundo feliz, especialmente no Twitter”, disse ele em um perfil publicado na Bloomberg.

“Veja, você pode dizer coisas que não são nem um pouco controversas, mas aí você é maçante, e ninguém se importa. Algumas das coisas que disse eu gostaria de retratar. Não é como se me orgulhasse de todos os tweets que já postei. Alguns deles foram definitivamente extremamente burros. Mas, no geral, o lado bom supera o mau. É uma forma de comunicação direta com as pessoas sem que eu tenha que passar pela imprensa”, afirma. Talvez seu lema pessoal deva ser “falem mal, mas falem comigo”. 

Fonte: Bloomberg