A mais recente descoberta feita por pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia (USC) pode ajudar, e muito, no tratamento de pacientes com Covid-19. Isso porque foi identificada a provável ordem na qual os sintomas da doença aparecem: febre, tosse, dor muscular, e depois náusea, vômito e diarreia.
Os responsáveis pela descoberta foram Josepg Larser, Pter Kuhn e James Jicks, cientistas do Instituto de Ciência Convergente do Câncer da universidade californiana.
“Esta ordem é especialmente importante para saber quando temos ciclos sobrepostos de doenças, como a gripe, que coincidem com infecções de Covid-19”, destacou Kuhn. “Os médicos podem determinar quais etapas tomar para cuidar do paciente e podem evitar que a condição do paciente piore”, continuou. Além disso, é possível usar essa ordem para intervir o mais cedo possível na doença.
Pesquisadores identificaram ordem dos sintomas da Covid-19. Foto: Visual Science / Reprodução
Método de estudo
Para chegar a essa ordem, os pesquisadores utilizaram as taxas de incidência dos sintomas em mais de 55 mil casos da doença na China, coletados entre 16 e 24 de fevereiro pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Para fazer uma comparação, eles também estudaram os dados de cerca de 1.100 pacientes, coletados entre 11 de dezembro e 29 de janeiro de 2020 pela Comissão Nacional de Saúde da China.
O próximo passo foi compará-la com a ordem dos sintomas da gripe. Para isso, examinaram informações de 2.470 casos na América do Norte, Europa e Hemisfério Sul, relatados entre 1994 e 1998.
“A ordem dos sintomas é importante. Saber que cada doença progride de forma diferente significa que os médicos podem identificar mais cedo se alguém provavelmente tem Covid-19 ou outra doença, o que pode ajudá-los a tomar melhores decisões de tratamento“, finalizou Larsen.
Ponto fraco do Sars-Cov-2
Cientistas da Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, descobriram o que pode ser o ponto fraco do vírus Sars-Cov-2, causador da Covid-19. Toda descoberta se resume na eletrostática gerada entre o vírus e as células do corpo humano. Os pesquisadores acreditam ser possível explorar esta fraqueza para ajudar no combate ao novo coronavírus.
O processo funciona da seguinte forma: na eletrostática, cargas opostas se atraem assim como cargas semelhantes se repelem. Isso também ocorre entre nós e o vírus, pois nossas células possuem carga negativas e o vírus, em uma região localizada a apenas dez nanômetros da parte da proteína espinhosa que invade as células dos humanos, possui carga positiva. Exatamente este ponto, tão escondido, é considerado possivelmente vulnerável pelos cientistas.
Via: MedicalXpress