Astrônomos descobriram um planeta gigante que, de acordo com as teorias atuais, não deveria existir. O planeta é semelhante a Júpiter, e é extraordinariamente grande em comparação com sua estrela-mãe, o que contradiz um conceito amplamente aceito sobre a forma como os planetas são formados.

A estrela fica a 284 trilhões de quilômetros de distância e tem uma massa maior que seu planeta em órbita, o que fez com que cientistas acreditassem que sua existência não era possível.

Peter Wheatley, da Universidade de Warwick, no Reino Unido, afirmou que: “a descoberta é emocionante, porque há muito tempo nos perguntamos se planetas gigantes como Júpiter e Saturno podem se formar em torno de estrelas tão pequenas”.

Os pesquisadores usaram telescópios na Espanha e nos Estados Unidos para rastrear as acelerações gravitacionais da estrela que podem ser estimuladas por planetas em órbita.

Os astrônomos usam simulações de computador para testar suas teorias de como os planetas se formam a partir das nuvens, ou “discos”, de gás e poeira orbitando estrelas jovens. Essas simulações preveem que muitos planetas pequenos devem se reunir em torno de pequenas estrelas-anãs do tipo M. Ou seja, em torno dessas estrelas só deve haver planetas do tamanho da Terra ou próximos disso.

Peter Wheatley afirma que: “Geralmente pensamos em planetas gigantes que começam a vida como um núcleo de gelo, orbitando um disco de gás ao redor da estrela jovem e depois crescendo rapidamente, atraindo gás para si”.

Os autores do estudo argumentam que os discos ao redor de pequenas estrelas não fornecem material suficiente para que isso aconteça. Em vez disso, consideram mais provável que o planeta tenha se formado repentinamente quando parte do disco entrou em colapso devido a sua própria gravidade.

Os autores do artigo na revista Science propõem que esse colapso pode ocorrer quando o disco de gás e poeira tem mais de um décimo da massa da estrela-mãe.

 

Via: G1