Cientistas cultivam cérebros em laboratórios para estudar humanos

Instituto de Oftalmologia Molecular e Clínica em Basileia, na Suíça, está cultivando tecidos cerebrais para entender o que nos torna humanos
Redação17/10/2019 15h46, atualizada em 17/10/2019 16h38

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Pesquisadores suíços estão cultivando tecidos cerebrais humanos, de chipanzés e de macacos em laboratório para entender o que nos diferencia.

O cérebro humano é absolutamente único, somos a única espécie que consegue raciocinar e desenvolver ideias complexas de forma rápida. Porém, ainda existem perguntas sobre as diferenças entre o nosso cérebro e os dos nossos parentes mais próximos, como macacos e chipanzés.

Por isso, uma equipe de cientistas, do Instituto de Oftalmologia Molecular e Clínica em Basileia, na Suíça, está explorando o assunto com ajuda do sequenciamento genético e dos organoides, órgãos em miniatura cultivados a partir de célular-tronco em placas de Petri – recipiente achatado de vidro.

O pesquisador J.J. Gray, principal autor do estudo, afirma: “Ao estudar o desenvolvimento não apenas de nossa própria espécie, mas de nossos parentes vivos mais próximos, você pode começar a entender os mecanismos que levam à diferença entre nossas células e tecidos. Agora temos as ferramentas para fazer isso: células-tronco pluripotentes induzidas, CRISPR, organoides e genômica de célula única”.

As células-tronco são um tipo de célula base que pode se transformar em outros tipos de células mais especializadas. Já as células-tronco pluripotentes induzidas, as iPSCs citadas pelo pesquisador, são células-tronco que os cientistas criaram a partir de outras células.

Os pesquisadores observaram por quatro meses como os organoides do cérebro humano, do macaco e do chimpanzé cresceram e como as células começaram a se especializar. Após traçar o perfil do RNA – molécula responsável pela síntese de proteínas das células do corpo – nas células individuais, foi possível criar um atlas dos genes específicos do homem e os mecanismos genéticos que alteravam a aparência das células durante o desenvolvimento.

A expectativa é de que os cientistas usem procedimentos semelhantes para entender melhor outras diferenças, como em nosso sitema respiratório ou digestivo. Camp afirmou estar feliz com o experimento: “É incrível que isso seja possível”.

Via: Gizmodo

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital