O Banco Inter vai entrar no mundo das maquininhas, mas de um jeito diferente. A instituição mineira não usará os aparelhos de PoS tradicionais: a maquininha será o próprio celular dos micro e pequenos empreendedores. “A ideia é lançar o serviço entre o fim deste ano e início de 2020”, diz João Vítor Menin, presidente do banco.

Depois que o empreendedor baixar o aplicativo do Inter, ele só terá de preencher os dados da compra (como o valor e se a transação vai ser no débito ou no crédito). Em seguida, bastará posicionar o cartão do cliente — desde que ele tenha comunicação por aproximação (NFC) embarcada — em frente à câmera para que a operação seja realizada. O serviço é semelhante ao Apple Pay, que já tem suporte para cartões de débito e crédito dos maiores bancos do país. 

A iniciativa faz parte de um plano da fintech para atrair pessoas jurídicas. “Nos concentramos na pessoa física para ganhar mercado. Há cerca de seis meses, passamos a nos dedicar também a pequenos comerciantes. Isso vai trazer mais correntistas e uma monetização importante”, explica Menin. O banco não confirmou se atuará como credenciador de cartões ou se fará parceria com outra instituição.

Atualmente, o Inter conquista mais de 10 mil correntistas a cada dia útil e, no segundo trimestre, registrou 2,5 milhões de clientes. Esse crescimento despertou o interesse do fundo de investimentos japonês Softbank, que adquiriu 8% do capital do banco por R$ 760 milhões. Após essa operação, o Inter registrou seu maior lucro trimestral, de cerca de R$ 33 milhões.

Fonte: Exame