A Apple removeu de sua loja o aplicativo HKmap.live, que funciona com um mapa que indica a localização de protestos, quantidade de policiais e número de ruas fechadas. O aplicativo ajudou manifestantes de Hong Kong a rastrear os movimentos da polícia.

Os portestos pró-democracia estão acontecendo em Hong Kong desde o final de março. A Apple disse que o aplicativo estava sendo usado para emboscar autoridades policiais. A China havia questionado a empresa pelo jornal estatal People’s Daily. “A Apple pretende ser cúmplice desses agitadores?”, dizia a publicação.

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De fato, o HKmap.live estava sendo usado por ativistas para marcar a localização de tropas da polícia e informar quais ruas estavam fechadas durante os protestos.

A decisão de excluir o app mergula a Apple na tensão política entre a China e os manifestantes de Hong Kong. Em comunicado, a empresa disse que iniciou uma investigação imediata depois que “muitos clientes preocupados em Hong kong” entraram em contato para falar sobre o aplicativo e a Apple descobriu que havia colocado em risco policiais e moradores.

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“O aplicativo exibe localização de policiais e verificamos junto ao Departamento de Crimes de Cibersegurança e Tecnologia de Hong Kong que o aplicativo foi usado para atacar e emboscar policiais, ameaçar a segurança pública, e criminosos o usaram para vitimizar residentes em áreas onde eles sabem que não há aplicação da lei”, afirmou.

A companhia também removeu o BackupHK, um aplicativo que servia como um app reserva para o HKmap.live. 

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Uma conta no Twitter, que acredita-se pertencer ao desenvolvedor do aplicativo disse que discordava da decisão da Apple e que não havia evidências para apoiar as alegações da polícia de Hong Kong.

“A maioria das análises de usuários na App Store sugerem que o HKmap melhorou a segurança pública, e não o contrário”, afirmou.

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Via: G1