China exige que governo dos EUA remova sanções a startups de IA

Empresas foram incluídas em uma lista negra do Departamento de Comércio dos EUA por participar em violações de 'direitos humanos' de minorias muçulmanas, como os uigures
Rafael Rigues09/10/2019 12h17

20190809124023

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

O Ministério do Comércio da China disse nesta terça-feira (8) que ‘recomenda veementemente’ que o Governo dos EUA ‘pare de interferir’ em assuntos domésticos, após este adicionar 28 empresas chinesas, entre elas empresas ligadas a inteligência artificial, a uma ‘lista negra’ do Departamento de Comércio.

Com isso empresas norte-americanas ficam proibidas de fazer negócio com estas empresas chinesas, o que na prática as impede de comprar componentes, hardware ou licenciar tecnologia de software, como sistemas operacionais.

As empresas chinesas ‘foram implicadas em violações de direitos humanos e abusos na implantação da campanha de repressão, nas detenções arbitrárias em massa e na vigilância de alta tecnologia da China contra uigures, cazaques e outros membros de grupos muçulmanos minoritários’.

‘O governo dos EUA e o Departamento de Comércio não podem e não irão tolerar a supressão brutal das minorias étnicas dentro da China’, afirmou o secretário de Comércio, Wilbur Ross.

‘Nós recomendamos veementemente que os EUA parem imediatamente de fazer comentários irresponsáveis na questão de Xinjiang, que parem de interferir em assuntos internos da China e que removam as empresas chinesas relevantes da lista de entidades o mais rápido possível. A China também irá tomar todas as medidas necessárias para proteger seus interesses’, disse um porta-voz do Ministério segundo o site CNBC.

Fonte: CNBC

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital