A Food and Drugs Administration (FDA), órgão regulador dos Estados Unidos, notificou terça-feira (1) que alguns dispositivos médicos apresentam falhas de cibersegurança, que poderiam deixá-los vulneráveis a hackers

A agência disse que não tem certeza sobre quantos ou quais equipamentos específicos podem estar sujeitos a invasões, mas explicou que a vulnerabilidade existe em dispositivos que utilizam o antigo software IPnet.

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Segundo anúncio, os pesquisadores encontraram 11 falhas que permitem que “qualquer pessoa controle remotamente o dispositivo médico e mude sua função, cause negação de serviço, vazamento de informações ou falhas lógicas, o que pode impedir o funcionamento do dispositivo”.

As vulnerabilidades são especialmente perigosas porque esses equipamentos estão envolvidos diretamente na saúde de seus donos, como as bombas de insulinas e os marcapassos. Portanto, para resolver a situação, a FDA disse que está trabalhando com “várias partes interessadas e especialistas no assunto para obter uma melhor compreensão” do risco à segurança.

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“No entanto, devido às complexidades e como o código do componente de software de terceiros da IPnet foi incorporado em vários dispositivos médicos e a disponibilidade das versões exatas do sistema operacional afetadas, será difícil desenvolver uma lista abrangente de dispositivos vulneráveis”, disse a porta-voz da FDA, Alison Hunt.

Essa não é a primeira vez que a FDA alerta sobre vulnerabilidades desses equipamentos. Em 2017, ela disse que quase meio milhão de marcapassos estavam em perigo e, em junho deste ano, a fabricante de dispositivos médicos Medtronic pediu a devolução de algumas bombas de insulina que apresentavam brechas de segurança, depois de aviso da FDA.

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Agora, a FDA contata diretamente os fabricantes e pede que eles avaliem os impactos de falhas de cibersegurança nos seus equipamentos e os reportem para agência.

A FDA disse na terça-feira (1) que não está ciente não tem conhecimento de nenhum evento adverso confirmado relacionado às vulnerabilidades relacionadas à IPnet.

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Fonte: CNBC