Aplicativos usados para espionagem são um problema frequente no mundo da tecnologia. Embora na maioria das vezes eles sejam programados para direcionar propaganda, esses softwares têm o poder de ocasionar até mesmo conflitos políticos graves.
Por meio de uma funcionalidade do iOS14, a Apple passará a avisar aos usuários quando seus celulares estiverem com o microfone e câmera ativados sem autorização. Enquanto o Google não adota a mesma medida, os aparelhos Android têm à sua disposição o app Access Dots, que apresenta uma solução parecida.
O Access Dots informa se existe algum aplicativo espião ativando o microfone e a câmera do dispositivo sem permissão. Quando isso acontece, são mostradas duas bolinhas, uma laranja e uma verde, no canto da tela. Embora o aviso por si só já tenha utilidade, o app não é capaz de informar qual software está agindo indevidamente. Cabe ao usuário ir em configurações e verificar os aplicativos que estão ativos, e, então, julgar qual deles considera mais suspeito.
O app é de graça, mas pode desbloquear algumas funções interessantes se for realizada uma doação aos desenvolvedores. Nesse caso, é possível diminuir ou aumentar o tamanho das bolinhas, além de colocá-las em qualquer lugar da tela. Infelizmente, usuários de iPhones antigos ou desatualizados não terão como saber se seus celulares contêm aplicativos espiões, uma vez que o Access Dots não está disponível na App Store.
TikTok é acusado de espionagem
Aplicativos inoportunos nem sempre têm nomes estranhos e são pouco conhecidos. De acordo com uma acusação feita pela rede de hackers Anonymous, eles podem ser tão comuns e populares quanto o TikTok.
Em recente publicação no Twitter, o grupo alegou que o TikTok tem acesso a informações confidenciais dos telefones onde é instalado, como dimensões e resolução da tela, uso de memória, espaço de disco, tipo de CPU, entre outros. O app saberia até mesmo o IP do roteador que está sendo usado pela rede do usuário.
Segundo os hackers, o TikTok faria parte de um “massivo sistema de espionagem operado pelo governo chinês”. O aplicativo se defende das acusações e alega ter fechado parcerias com empresas de segurança de nível mundial para corrigir os possíveis problemas relacionados à privacidade na plataforma.
Via: The Next Web