Em uma publicação recente no Facebook, a Embaixada do Estado da Palestina acusou o Google Maps de apoiar a ocupação por parte de Israel na Palestina. Apesar de o post – apagado logo em seguida – alegar que a Faixa de Gaza é mencionada e marcada, a embaixada afirma que onde a Palestina existia, “agora é simplesmente uma parte da Grande Israel”. O evento alimenta uma polêmica relativamente antiga sobre a exclusão da região pelo aplicativo do Google.
Confira a publicação da Embaixada da Palestina na íntegra:
“A Palestina não aparece mais no Google Maps. Hoje, nas primeiras horas do dia 14 de julho, a Palestina não é mais um local, de acordo com o Google Maps. A faixa de Gaza é mencionada e marcada, mas onde a Palestina existia agora é simplesmente uma parte da Grande Israel.
Parece que a colonização EUA/Israel continua. Táticas de roubo de terras que serviram tão bem aos EUA na eliminação de seus povos indígenas foram repetidas no Oriente Médio.
Primeiro, faça um tratado de paz depois de roubar algumas terras. Em seguida, ligue para as pessoas que você chamou de hostis ou terroristas. Quebre o tratado que você fez e depois reúna a população prejudicada em campos ou reservas. Então, diga ao mundo que é um acordo feito e as pessoas de quem você roubou eram apenas selvagens.
O domínio EUA/Israel sobre os palestinos está se tornando menos como um país com poucos colonos e mais como campos de concentração. Assassinato (campos de reassentamento) e roubo de terras. Exatamente as táticas do partido nazista. O líder comprado e vendido da Labour, Keir Starmer, pode defender isso?”.
Região da Palestina é alvo de disputa por judeus e mulçumanos desde o século XIX. Foto: Unsplash
Histórico
A afirmativa de uma recente exclusão da Palestina no Google Maps, no entanto, é falsa. A polêmica se arrasta desde 2016, quando o Google foi duramente criticado por não listar o nome “Palestina” na região. Na época, inclusive, houve uma petição online, com mais de 250 mil assinaturas, para a inclusão do nome da região no mapa. A hashtag #PalestineIsHere também se popularizou nas redes sociais.
Um porta-voz do Google já havia se posicionado em entrevista ao jornal britânico The Guardian, alegando que o nome “Palestina” jamais esteve presente na plataforma.
O suporte da companhia argumenta ainda que a região da Palestina é demarcada por linhas cinzas tracejadas para indicar territórios onde há disputas.
A Palestina é reconhecida por 138 países no mundo e considerada um estado observador não membro da Organização das Nações Unidas (ONU).
Via: UOL