O Twitter anunciou que está proibindo milhares de contas ligadas à QAnon, uma teoria da conspiração de direita dos Estados Unidos, e adotando medidas agressivas para limitar a ação do grupo na rede social. Foram sete mil contas proibidas e outras 150 mil impedidas de aparecer nas recomendações.
Segundo a rede social, as ações estão alinhadas com as políticas de restrição a “comportamentos com potencial de causar danos offline”, já que defensores da teoria participam de campanhas de assédio, entre outras regras violadas.
We’ve been clear that we will take strong enforcement action on behavior that has the potential to lead to offline harm. In line with this approach, this week we are taking further action on so-called ‘QAnon’ activity across the service.
— Twitter Safety (@TwitterSafety) July 22, 2020
O Twitter afirmou ainda que tomaria certas medidas para limitar o alcance do conteúdo relacionado à QAnon. Além de bloquear as contas e conteúdos relacionados à teoria, a rede social “trabalhará para garantir que não destaquemos essa atividade nas pesquisas e nas conversas”. URLs vinculadas ao grupo também não poderão ser compartilhadas no microblog.
In addition, we will:
1⃣ No longer serve content and accounts associated with QAnon in Trends and recommendations
2⃣ Work to ensure we’re not highlighting this activity in search and conversations
3⃣ Block URLs associated with QAnon from being shared on Twitter— Twitter Safety (@TwitterSafety) July 22, 2020
As ações do Twitter são muito mais agressivas do que a do Facebook em relação à QAnon. Apesar de ter banido um pequeno conjunto de contas por violar regras em torno de comportamentos não autênticos coordenados, os defensores da teoria ainda são bastante ativos nas redes sociais de Mark Zuckerberg. Além disso, grupos, páginas e contas associadas ao grupo aparecem nas recomendações.
Ataque hacker ao Twitter
Na última semana, o Twitter foi alvo de um dos maiores ataques de sua história. Hackers invadiram as contas de celebridades como Elon Musk, Bill Gates, Jeff Bezzos, e até de Joe Biden, candidato à presidência dos Estados Unidos.
Os invasores publicaram mensagens parecidas em todas as contas. Eles pediam que os seguidores fizessem depósitos em uma carteira de bitcoin, dizendo que devolveriam em dobro cada valor transferido. O golpe tinha de ser concluído rapidamente, então os tuítes davam o prazo de 30 minutos para que fossem realizadas as transações. No calor do momento, muita seguidores acreditaram.
Via: Engadget