Com pouco mais de um ano para as eleições presidenciais dos EUA, alguns gigantes das mídias sociais estão atualizando suas políticas em torno da disseminação de informações falsas e publicidade política. Enquanto Facebook e Twitter se encontram em lados opostos no debate sobre estes anúncios, o Snapchat encontrou um “caminho no meio” na discussão, permitindo propagandas políticas apenas após serem verificadas.

O anúncio foi feito pelo CEO da plataforma, Evan Spiegel. “Submetemos toda a publicidade à revisão, incluindo a propaganda política”, afirmou à CNBC na segunda-feira (18). “Acho que o que tentamos fazer é criar um local para anúncios políticos em nossa plataforma, especialmente porque alcançamos tantos jovens e eleitores pela primeira vez, que queremos que eles possam se envolver com a conversa política; mas não queremos permitir que desinformação apareça nesses anúncios”, completou.

No mês passado, o Facebook enfrentou críticas por permitir, nos novos termos de uso, mentiras nas propagandas políticas veiculadas na plataforma. Como resposta, 250 funcionários escreveram uma carta aberta à Zuckerberg, pedindo para o dono da rede social repensar as políticas adotadas. Enquanto isso, o Twitter foi para o total oposto e baniu qualquer anúncio de cunho partidário incluindo figuras políticas, partidos, candidatos e funcionários do governo. O Google ainda não se posicionou sobre o assunto.

Vale lembrar que nos últimos anos, várias eleições ao redor do mundo foram manipuladas e influenciadas pela desinformação propagada nas redes sociais de forma tendenciosa. No Brasil, o resultado das eleições presidenciais de 2018 tiveram influência de disparos de mensagens falsas em massa pelo WhatsApp. Ao todo, 400 mil contas foram banidas do aplicativo entre 15 de agosto e 28 de outubro, período eleitoral no Brasil.

 

Via: The Next Web