Amazon é processada em NY por expor funcionários ao coronavírus

Trabalhadores do armazém JFK8 alegam que a empresa não toma as medidas necessárias para protegê-los do vírus, além de exigir um ritmo de trabalho intenso
Fabiana Rolfini05/06/2020 18h53, atualizada em 05/06/2020 19h00

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A Amazon foi processada por não tomar as medidas necessárias para proteger seus funcionários do coronavírus, além de exigir um ritmo de trabalho intenso. A acusação foi registrada na quarta-feira (3) por três funcionários de um depósito da empresa em Nova York, EUA, conhecido como JFK8.

Um deles inclusive afirmou que contraiu o vírus no ambiente de trabalho e acredita que infectou sua prima, que mora com ele. Em março, outra funcionária disse que testou positivo para Covid-19 e depois vários membros da família adoeceram, incluindo um primo que morreu em 7 de abril.

O processo diz que a Amazon fez do JFK8, que emprega cerca de 5 mil pessoas, um “local de perigo”. Também consta na ação que a empresa obriga os funcionários a trabalhar em “velocidades vertiginosas, mesmo que isso os impeça de se distanciar socialmente, lavando as mãos e higienizando seus espaços de trabalho”.

Reprodução

Depósito da Amazon em Nova York. Foto: Scott Olson/Getty Images

Pelo menos 800 trabalhadores nos centros de distribuição da companhia nos EUA testaram positivo para Covid-19, de acordo com uma contagem não oficial de um empregado.

A Amazon não comentou sobre o processo. Apenas afirmou que sempre segue as orientações das autoridades de saúde e de seus especialistas em segurança do trabalho, desde o início da pandemia.

A empresa também alegou que gasta mais de US$ 800 milhões em material de proteção contra a propagação do vírus em suas equipes.

Via: Reuters

Fabiana Rolfini é editor(a) no Olhar Digital