Estados Unidos prorrogam licença de operação da Huawei no país

Departamento de Comércio norte-americano deu mais 45 dias para os provedores de telecomunicações dos EUA encontrarem outra alternativa antes da proibição total
Vinicius Szafran12/03/2020 17h59, atualizada em 12/03/2020 18h08

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A proibição total aos equipamentos da Huawei nos Estados Unidos foi adiada mais uma vez, de acordo com o Departamento de Comércio do país. Desde o início do processo, os norte-americanos garantiram uma licença temporária para a empresa operar nos EUA. Agora, em vez de terminar em 1º de abril, o prazo vai até 15 de maio. Ao mesmo tempo, o Departamento solicita informações públicas sobre essa licença, incluindo se ela precisa ser alterada ou ampliada.

Essa é a quarta vez que a licença temporára da Huawei concedida pelo governo norte-americano sofre uma extensão. Depois de proibir empresas do país a fazerem negócios com a Huawei em maio, sob constantes alegações de espionagem dos chineses, o Departamento de Comércio rapidamente emitiu uma licença temporária de três meses para permitir que a fabricante continue suas operações. Em agosto, prorrogou o prazo por mais 90 dias, assim como em novembro. Em fevereiro deste ano, o prazo aumentou mais 45 dias, assim como a ampliação recém-anunciada.

A prorrogação da licença por mais um mês e meio será mais importante principalmente para os provedores de telecomunicações rurais, já que muitos deles tornaram-se dependentes dos equipamentos de rede da Huawei. O anúncio do Departamento de Comércio dos EUA avisa também que espera que os provedores possam usar a extensão de 45 dias para “identificar alternativas à Huawei para operações futuras”.

Reprodução

Para arcar com os custos da alteração no equipamento fornecido, o governo norte-americano planeja fornecer um fundo de US$ 1 bilhão. O projeto foi aprovado pelos senadores no mês passado, restando apenas a aprovação do presidente Donald Trump para ser sancionado.

A Huawei foi adicionada à lista negra do Departamento de Comércio “depois que o governo dos EUA concluiu que a empresa apresenta um risco significativo de envolvimento em atividades contrárias aos interesses de segurança nacional ou política externa do país”, afirma a nota do governo. A empresa nega as acusações desde o princípio.

Via: The Verge

Vinicius Szafran
Colaboração para o Olhar Digital

Vinicius Szafran é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital