Em breve, o YouTube poderá se tornar um lugar único para que os usuários também possam fazer compras. Segundo um porta-voz, a empresa vem tendo resultados positivos da integração com a plataforma de e-commerce Shopify. A ideia seria que os usuários assistam a um vídeo sobre um produto, como um brinquedo ou um smartphone, por exemplo, e possam fazer a compra dele sem sair da plataforma.

A companhia também vem pedindo aos criadores de conteúdo para que usem um software do próprio YouTube para marcar e monitorar os produtos que são apresentados em seus vídeos. Esses dados são processados pelo Google, e então vinculados às ferramentas de compras que deverão ser implementadas posteriormente.

Além de ser uma das maiores empresas de publicidade do mundo, o YouTube também pode ganhar espaço no campo da Amazon. Mais recentemente, o Instagram também começou a testar em seus vídeos – no IGTV e Reels – uma nova forma para que os usuários possam fazer compras de forma mais simplificada.

Mudança de negócios

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YouTube ainda não informou uma data para que novo recurso de compras na plataforma seja lançado. Imagem: Leon Bublitz (Unsplash)/Reprodução

Bem como em boa parte dos outros recursos, a ‘loja’ dentro do YouTube não estará pronta para todos os usuários de todas as regiões de imediato. A empresa vem testando os recursos em um número limitado de canais. O porta-voz, cujo nome não foi revelado, afirmou que os criadores terão controle sobre os produtos listados.

A empresa não deu detalhes sobre como deverá integrar tais recursos à plataforma. Essa, porém, pode ser uma grande oportunidade de negócio: o YouTube possui mais de dois bilhões de usuários ativos mensalmente.

Na parceria com a Shopify, o YouTube passou a permitir que criadores adicionem até 12 itens à venda em um carrossel abaixo dos vídeos. Não foi detalhado, porém, como a empresa deverá gerar receita com esse novo formato.

No segundo trimestre do ano a Alphabet, empresa-mãe do Google, anunciou receita de US$ 38,3 bilhões, ou 2% a menos em relação ao mesmo período de 2019. Já o lucro líquido caiu de US$ 9,9 bilhões para US$ 6,9 bilhões na mesma comparação. Isoladamente, o YouTube viu sua receita subir de US$ 3,6 bilhões para US$ 3,81 bilhões.

Fonte: Bloomberg