Peguem o alho! Castlevania: Symphony of the Night chega aos celulares

Clássico do PlayStation é aclamado até hoje como um dos melhores jogos de todos os tempos. Versão para Android e iOS é levemente modernizada, tem suporte a controles e custa pouco
Rafael Rigues04/03/2020 18h19

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A Konami fez uma bela surpresa para os gamers nesta quarta-feira (04) ao lançar Castlevania: Symphony of the Night para smartphones Android e iOS. Para quem não conhece, Symphony of the Night (SotN, para os íntimos) é um dos jogos mais celebrados do PlayStation original. Com gráficos detalhados, trilha sonora sinfônica e uma história que conta a revolta de um filho (Alucard) contra a fúria de seu pai (Dracula), o game elevou o patamar dos jogos 2D e mudou profundamente os rumos da série Castlevania.

Depois de seu sucesso, jogos subsequentes na franquia deixaram de ser apenas títulos de ação (como Super Castlevania IV no SNES e Castlevania: Bloodlines no Mega Drive) e passaram a incorporar elementos de RPG e exploração, como em Metroid, da Nintendo. Com isso, surgiu um novo “gênero” usado para descrever jogos similares: “Metroidvania”.

O jogo também foi responsável por catapultar a carreira do diretor assistente, Koji Igarashi, que assumiu a tarefa de produtor de vários títulos e até hoje é fortemente associado à série. Após deixar a Konami, em 2014, Igarashi criou uma bem-sucedida campanha no Kickstarter para financiar seu primeiro jogo independente. Lançado em 2019 para Windows, PS4, Xbox One e Switch, Bloodstained: Ritual of the Night foi um sucesso de crítica e público, continuando a tradição estabelecida por SotN.

Reprodução

Tradução (e fontes) modernas, mas a mesma jogabilidade de sempre

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A versão Android de Symphony of the Night é baseada na variante para o PlayStation Portable (PSP), lançada como parte do jogo Castlevania: The Dracula X Chronicles em 2007. Como ela, traz uma nova tradução da história e dublagem dos diálogos (notoriamente ruim na versão PlayStation), além de dois novos personagens jogáveis: o caçador de vampiros Richter Belmont e sua protegida, Maria Renard.

Alguns elementos, como a tela onde o jogador pode equipar seu personagem com itens e habilidades, foram redesenhados na versão Android. Texto usado nos diálogos e nomes de itens e inimigos também é desenhado com uma fonte moderna, em alta resolução.

O jogo tem suporte a gamepads, mas também pode ser jogado com controles virtuais na tela de toque. Em um teste o controle Bluetooth iPega 9087 “Red Knight” foi reconhecido e os botões mapeados de forma adequada automaticamente, sem nenhuma necessidade de intervenção do jogador.

Infelizmente, a Konami pecou em um ponto: não há nenhuma opção sequer de filtros de imagem para suavizar os pixels ou simular “scanlines” como em um monitor antigo, algo que é basicamente de praxe em todos os relançamentos de jogos retrô em plataformas modernas. Com isso os gráficos ficam notoriamente “pixelizados”, o que pode não agradar a todos.

Reprodução

Detalhe do gráficos em Castlevania: Symphony of the Night no Android. Infelizmente, nem todos apreciam “Pixel Art”

Além disso, embora o jogo esteja disponível em seis idiomas (Japonês, Inglês, Francês, Espanhol, Alemão e Italiano), o Português não é um deles.

Deslizes à parte, Castlevania: Symphony of the Night é um jogo excepcional, que todo gamer deve experimentar. Ainda mais considerando o preço baixo: apenas R$ 10,90 no Google Play ou App Store. Para se ter uma ideia, a versão para PlayStation 4 (Castlevania Requiem, que inclui também o antecessor de SoTN, Rondo of Blood) custa normalmente mais de R$ 80 na PlayStation Store.

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital