Jogar videogame pode ser uma grande diversão, principalmente neste momento em que o isolamento social é necessário. Porém, nada melhor unir o lazer com uma ajuda ao sistema de saúde. Para jogadores de Borderlands 3 há essa possibilidade, já que o jogo possui uma série de enigmas complexos de alinhamento genético que podem ser intuitivos para humanos, mas difíceis para algoritmos de computador. A medida que os usuários melhoram suas pontuações, também treinam a Inteligência Artificial.

O jogo é fruto de uma parceria entre a Borderlands, da Gearbox, e cientistas da McGill University; a Microsetta Iniciative, da UC San Diego; e o grupo Massively Multiplayer Online Sciense. Attila Szantner, fundador do MMOS, explicou que a ideia inicial do projeto é de cinco anos atrás. “Desde então, trabalhamos em conjunto com a equipe da Gearbox para realizar este projeto”, contou.

Para facilitar o processo de encontrar quais micróbios do intestino humano são geneticamente semelhantes, o jogo transforma sequências de DNA em blocos coloridos. Depois, cabe aos usuários encontrar os melhores alinhamentos, a fim de minimizar as lacunas e aumentar a correspondência de acordo com um sistema de pontuação. À medida que novas pontuações altas são feitas, a IA está sendo treinada para encontrar as melhores soluções por conta própria.

“Combinadas com algoritmos clássicos, as técnicas de computação em multidão podem ser usadas com sucesso para ajudar a melhorar a precisão do alinhamento de múltiplas sequências”, explicaram os pesquisadores da McGill University. “As abordagens da ciência cidadã podem ser usadas para explorar bilhões de ‘peta-flops de cérebro humano’ que são gastos todos os dias jogando”, concluíram.

Via: Ars Technica