Como é feito o sequenciamento de genoma

Roseli Andrion13/03/2020 23h18, atualizada em 14/03/2020 22h00

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Todos os organismos vivos têm genoma. É ele que contém as informações genéticas hereditárias daquele ser. Compreender o genoma, então, ajuda a estudar os seres a quem aqueles dados pertencem. Em linguagem técnica, esse levantamento é conhecido como sequenciamento de genoma.

Esse processo é feito, por exemplo, quando se quer descobrir a paternidade de alguém. Nesse caso, a técnica ficou conhecida como teste de DNA e é capaz de indicar quando um indivíduo é de fato pai ou mãe de outro.

No caso de outros seres vivos, o método é exatamente o mesmo. E é essa técnica que permite conhecer detalhes sobre vírus e bactérias para desenvolver formas de combatê-los quando necessário.

O sequenciamento de genoma, então, pode ser definido como os processos bioquímicos que permitem identificar cada nucleotídeo em uma cadeia de DNA ou RNA. Dessa forma, a informação genética do organismo vivo em estudo pode ser lida letra a letra na sequência em que elas aparecem.

Então, para fazer o sequenciamento, é necessário digitalizar pequenos trechos do genoma para que os nucleotídeos possam ser lidos separadamente. Como a quantidade de bases em geral é muito grande, a análise é feita com o auxílio de recursos computacionais de bioinformática.

Depois que cada um dos nucleotídeos é examinado, é possível remontar a sequência na ordem correta com o auxílio de algoritmos específicos. Por isso, o avanço da tecnologia tornou possível processar genomas em menor tempo.

Quando se está fazendo um teste de DNA para determinar a paternidade de um indivíduo, por exemplo, a sequência de bases obtida após o sequenciamento é comparada com a do suposto pai ou a da suposta mãe. No caso de outros organismos vivos, são usados genomas-referência para fazer essa verificação.

Depois que o sequenciamento de genoma é concluído, há várias aplicações possíveis. No caso do ser humano, por exemplo, as informações podem ser usadas para determinar possíveis alterações genéticas. Já no caso de vírus, elas permitem desde saber como agir diante daquele microrganismo, dependendo de quão infectante ele é, até criar vacinas para combatê-los.

Colaboração para o Olhar Digital

Roseli Andrion é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital