Aparelhos Android são mais seguros que iPhones, diz investigador

Um software, da empresa Cellebrite, é o responsável por ajudar a polícia a invadir os dispositivos
Luiz Nogueira30/01/2020 16h23, atualizada em 30/01/2020 16h58

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Por vários anos, o governo dos EUA pressiona a Apple para criar o chamado “backdoor” nos iPhones. Essa funcionalidade seria essencial para que agências de aplicação da lei pudessem acessar prontamente os dados criptografados quando necessário. Obviamente, isso foi rejeitado pela empresa. Agora, aparentemente, o governo não precisa mais da ajuda da Apple.

Uma publicação da Vice revela que as autoridades conseguiram decifrar a criptografia de smartphones, especialmente os iPhones. Curiosamente, os telefones Android – que muitos pensavam que tinha uma criptografia menos segura – estão cada vez mais difíceis de serem invadidos.

Rex Kiser, detetive forense do Departamento de Polícia de Fort Worth, falou sobre o assunto: “Há um ano, não podíamos entrar nos iPhones, mas podíamos invadir todos os Androids. Agora as coisas estão diferentes”.

Reprodução

A reportagem da Vice contém uma alegação de que a empresa Cellebrite, normalmente contratada por agências governamentais para decifrar smartphones, já possui uma ferramenta que pode invadir dispositivos Apple.

As alegações ainda apontam que a ferramenta pode fornecer aos investigadores o acesso a dados sensíveis como registros GPS, mensagens, chamadas, contatos ou até mesmo informações de apps específicos como Instagram, Twitter e LinkedIn.

No entanto, a ferramenta da Cellebrite não tem sido bem-sucedida com a criptografia do Android em uma variedade de aparelhos. Por exemplo, a ferramenta não conseguiu extrair nenhuma informação de mídia social, navegação de internet ou dados de GPS de um Google Pixel 2, que possui um módulo de segurança de hardware.

Vale lembrar que, mesmo com as dificuldades, isso não significa que os dispositivos Android não podem ser invadidos. Muito pelo contrário, todos os dispositivos conectados à internet são passíveis de invasão.

Via: GizmoChina

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital