Vacina da Johnson & Johnson começa a ser testada em larga escala

Aplicações da fase três devem contar com 60 mil voluntários de oito países, incluindo o Brasil
Luiz Nogueira23/09/2020 19h38, atualizada em 23/09/2020 20h00

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O grupo Johnson & Johnson confirmou que iniciou o teste em larga escala de sua vacina contra a Covid-19 nesta quarta-feira (23). Esta aplicação, que é o início da terceira fase, vai contar com cerca de 60 mil voluntários e é a última etapa antes do recebimento da aprovação final, que ocorre quando um imunizante se mostra eficaz.

Os voluntários serão indivíduos de oito países, incluindo o Brasil, com diversas idades, como pessoas com mais de 60 anos e que possuem doenças preexistentes. Obviamente, a idade mínima para participar do experimento é de 18 anos.

O objetivo desta aplicação é de comprovar se a vacina consegue de fato prevenir os sintomas causados pela infecção com apenas uma dose. Atualmente, as pesquisas e os testes são conduzidos pela Janssen Pharmaceuticals, do grupo Johnson & Johnson, mas também contam com a participação de alguns institutos e centros de pesquisa dos Estados Unidos.

Reprodução

Fase três de testes da vacina deve contar com 60 mil voluntários. Foto: Dimitri Houtteman/ Pixabay

Aqui no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a aplicação do imunizante no país. Isso ocorreu no mês passado. Serão sete mil voluntários divididos em sete estados – Bahia, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo. No entanto, ainda não está claro se esses indivíduos estão incluídos nos 60 mil planejados pela Janssen.

Vacina CoronaVac

Nesta quarta-feira (23), o governador de São Paulo João Doria anunciou os resultados de um levantamento feito com 50.027 voluntários na China que indica que a vacina CoronaVac, desenvolvida no Brasil pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Sinovac, é segura e não apresenta reações adversas significativas. Do total de pessoas que participaram do estudo, 94,7% não tiveram reações adversas ao imunizante.

Os 5,3% de voluntários restantes apresentaram reações adversas de grau baixo, como dor no local da aplicação, febre moderada e perda de apetite. “Esses resultados comprovam que a CoronaVac tem um excelente perfil de segurança. Comprovam também a manifestação feita pela Organização Mundial de Saúde há duas semanas, indicando a CoronaVac como uma das oito mais promissoras vacinas em desenvolvimento, no seu estágio final, em todo o mundo”, afirmou Doria.

A expectativa é que, até dezembro, o Instituto Butantan receba 46 milhões de doses do imunizante, das quais seis milhões já estarão prontas para serem aplicadas. Os outros 40 milhões serão formulados e envasadas assim que chegarem ao Brasil.

Por fim, mais 55 milhões de doses da CoronaVac também estão programadas para serem distribuídas no Brasil já no primeiro semestre de 2021.

Via: G1

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital