O estado de São Paulo vai receber, em outubro, 5 milhões de doses da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Biotech. O anúncio foi feito no domingo (20) por meio das redes sociais do governador João Doria (PSDB).

O imunizante já estará em território nacional, envasado e pronto para aplicação quando for aprovado pela Anvisa, explicou o governador. Em dezembro, a previsão é que o estado tenha 46 milhões de doses.

Doria acrescentou, ainda, que o acordo com a farmacêutica prevê a transferência de tecnologia para o Instituto Butantan nos próximos meses. Isso significa que a CoronaVac passará a ser produzida também em São Paulo, eliminando a necessidade de importação e, dessa forma, acelerando o trabalho.

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CoronaVac, vacina contra Covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac. Imagem: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

“Os testes continuam com os médicos e enfermeiros voluntários em seis estados e, em breve, se tudo correr como planejado, poderemos imunizar milhões de brasileiros”, afirmou Doria.

A Coronavac está sendo testada no Brasil desde julho. A terceira e última etapa de testes com a vacina envolve 9 mil voluntários em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.


100 milhões de doses em 2021

Também no domingo, o secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou que a quantidade de doses prevista para maio de 2021 é de 100 milhões.

Em entrevista à CNN Brasil, ele explicou que o estado deve receber mais 15 milhões de doses no primeiro trimestre, somando 61 milhões, e mais 39 milhões nos meses seguintes. Como a vacinação acontece em duas doses, esta quantidade é suficiente para imunizar 50 milhões de pessoas. 

Gorinchteyn ressaltou ainda que a Coronavac não será exclusiva de São Paulo, mas distribuída em todo o Brasil por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), com apoio do Ministério da Saúde. 

A previsão do secretário, compartilhada anteriormente por Doria, é que a vacinação em massa seja iniciada em dezembro ou janeiro. 

Via: Agência Brasil