A Organização Mundial da Saúde voltou atrás em relação a recomendação de evitar o uso de ibuprofeno no tratamento de Covid-19, como noticiado mais cedo. A instrução havia sido anunciada na última terça-feira, 17, após o Ministério de Saúde francês divulgar um estudo que afirmava que o medicamento poderia agravar os sintomas da doença. O órgão da França, assim como o brasileiro, continua recomendando o uso de outros remédios que não tenham ibuprofeno.

A OMS afirmou que está ciente das preocupações com o medicamento, mas que “após uma rápida revisão da literatura” não chegou aos resultados negativos do ibuprofeno, além dos efeitos colaterais já conhecidos. Ademais, a organização ainda reforça que para chegar a conclusão ouviu médicos que trataram pacientes vítimas do novo coronavírus.

A Reckitt Benckiser (RB), fabricante do medicamento Nurofen, que possui o ativo, afirmou, ainda no início da semana, que não há evidências que apoiem tal afirmação sobre o ibuprofeno. “O uso apropriado de ibuprofeno e paracetamol ainda está sendo recomendado pela maioria das autoridades de saúde europeias como parte do tratamento sintomático do coronavírus“, escreveu a empresa. Além disso, alguns especialistas também concordaram que não há fundamento na afirmação. “É tudo anedota e notícias falsas”, afirmou Garret FitzGerald, presidente do departamento de farmacologia da Universidade da Pensilvânia.

Vale lembrar que a automedicação não é recomendada, principalmente em um momento de pandemia como o que vivemos. Ao sentir os sintomas, é necessário procurar um médico para iniciar qualquer tipo de tratamento.

Via: Futurism e G1